Resenha: Dias da meia-noite, Neil Gaiman









Ficha Técnica:
Título: Dias da meia-noite
Autor: Neil Gaiman
Editora: Vertigo / Panini Books
Ano de Lançamento: 2013
Gênero: Literatura Estrangeira / História em quadrinhos
Páginas: 176
Preço Médio: 23,90 

  

Hello people!

Vamos para a primeira resenha de quadrinhos do Notinhas de Rodapé?

Começaremos muito bem servidos com o poderoso Neil Gaiman, autor do mês no blog ( confiram a biografia dele que saiu hoje ), e o recém-lançado, no Brasil pelo menos, Dias da Meia-Noite.

Esta edição de luxo saiu pelo selo Vertigo ( Panini Books ) da DC Comics e é uma coletânea de seis pequenas histórias escritas pelo Neil. Segundo o próprio, elas foram escritas em seus tempinhos de folga enquanto trabalhava em Sadman, e geralmente isso acontecia depois da meia-noite.

As ilustrações ficaram por conta de vários grandes nomes das HQ’s, como o grande amigo do Gaiman, Dave McKean, e outros como Sergio Aragonês, Mike Mignola, Steve Bissette...

Mas vamos ao que interessa, vou falar um pouco sobre cada história para vocês:

1 – Jack in the green – O Monstro do Pântano

Simon contraiu a peste ( a doença ) e está morrendo. Quando Jack o leva para fora de sua cabana imunda, eles discutem sobre a natureza de Jack, suas viagens por todo o mundo e finalmente quando Simon morre, Jack reflete sobre os ciclos de vida e morte, sobre como o conhecimento é uma fonte inesgotável, e sobre sua criação feita “de ar, de fogo, água e terra”.

2 – Irmão

Na década de 60, o auge do movimento hippie, surge o Irmão Poder, uma boneco de pano coberto de sangue e água que fora atingido por um raio e ganhara vida. Ele era um pacifista, pregava a paz e o amor. Candidatou-se à deputado, enfurecendo outros candidatos, e foi enviado para o espaço ( literalmente ), onde ficou orbitando por 20 anos.
Quando seu satélite cai na Terra matando centenas de pessoas o caos se instala na cidade de Tampa, onde bonecos gigantes se erguem pela cidade. E é com uma dica do Batman que o Pentágono vai trás de Abigail Cable, uma mulher que pode ajudar a entender quem é o Irmão Poder e como destruí-lo. Eles contam também com a ajuda do hippie Chester, o único capaz de entender o Irmão, no final das contas.

3 – Contos de Deuses Peludos

Bem, esta é uma história que não faz muito sentido para mim, talvez porque eu não tenha acompanhado a história do Monstro do Pântano. Mas é uma pequena história sobre Jason, uma entidade que creio eu, seja da floresta, e que confuso vai até o Parlamento das Árvores em busca de respostas. Por que as árvores estão sempre tão intricadas na vida dos humanos? Desde o homem que foi coroado com espinhos e pregado em uma árvore até Buda, que alcançou a sabedoria passando sete dias e sete noites sob uma árvore. Por quê? Por que as árvores ficam quietas, depois de fazer tanto aos homens, enquanto eles às destroem?

4 – Abraço

A primeira coisa que tenho que dizer é: essa é uma das melhores histórias do Neil que já li. Ela faz valer a pena todo o livro. É singelo e emocionante.
Um casal de mendigos morre de frio, abraçados sob uma cortina, em um apartamento abandonado. Um homem ao lado deles morre sozinho e desaparece...
John Constantine ( e eu devo dizer que amo o sarcasmo dele ) vai a uma festa no apartamento de um amigo e é “seduzido” por uma lésbica que quer ter um filho dele. Indignado, quando sai de lá, ele encontra Shona, a garotinha que viu sua mãe cair morta quando um cara fedido que saiu da parede a abraçou. É hora de John Constantine investigar.
Bem, esse conto tem uma passagem muito bonita, que preciso transcrevê-la aqui:
“Ele só queria alguém que se importasse com ele. Alguém que lhe desse um abraço. Alguém que lhe aquecesse. Ninguém queria. Quando eu te abraço no escuro, o escuro não vai embora. Coisas ruins ainda continuam a existir lá fora. Os pesadelos ainda caminham. Quando te abraço, não é mais seguro, mas é melhor. “Tudo bem”, a gente sussurra. “Tô aqui. Te amo.” E mentimos: “Nunca vou te deixar”. Por apenas um instante o escuro não é assim tão ruim quando te abraço.”

5 – O teatro da meia-noite de Sandman

Para quem não sabe o imortalizado Sandman de Neil Gaiman é uma espécie de remasterização de outro Sandman, que não tem nada a ver com o Mestre dos Sonhos.
Wesley Dodds é o nome dele. Um milionário excêntrico que combate o crime na década de 30 usando uma máscara de gás. Pois bem, em O teatro da meia-noite, Wesley investiga o suicídio de um importante amigo que acabara de visitar. Os rastros o levam para a Inglaterra, onde ele encontra sua amada Dian, que incrivelmente acha que ele a está perseguindo.
Em uma estranha festa, conheça a amante de um velho poeta, um padre não tão inocente assim e testemunhe o encontro dos dois Sandman’s.

6 – Bem vindo de volta à Casa dos Mistérios

Essa é a menor história da coletânea e com as ilustrações divertidas do Sergio Aragonês e narrada por nada mais nada menos que o glorioso Caim ( na companhia de seu dinossauro Gregory ).
Essa não é realmente uma história, mas uma quase introdução de uma, sobre uma coletânea de dez contos da Casa dos Mistérios.
Não há muito que dizer, mas devo comentar que a dramaticidade do Caim é deliciosa!

Espero que gostem! Boa leitura! ;)


 

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