Resenha: O código élfico, Leonel Caldela

Ficha Técnica:
Título: O código élfico
Autor: Leonel Caldela
Editora: Fantasy - Casa da palavra
Ano de Lançamento: 2013
Gênero: Literatura Brasileira / Ficção
Páginas: 576
Preço Médio: 49,90

Nicole Manzini é a Princesa das Conspirações. Com um pai preso por assassinato, um nível incrível de abduções “alienígenas” e um histórico de coisas que dão errado em sua vida tão grande, seu apelido não poderia ser outro.

E tudo dá errado de novo: quando ela estava prestes a concluir seu mestrado na Europa, seu apartamento pega fogo, sua bolsa na faculdade é revogada, seu professor ( que poderia ajudar na situação em que se encontrava ) acabou de morrer e seu visto expira. Logo ela está de volta ao Brasil, à Santo Ossário, onde sua terrível história começou.

E é nesta cidadezinha pacata de interior, dominada pela gigante empresarial Strauss S.A. e seu “representante oficial” Emanuel Montague, que o avatar de um elfo, mas não um elfo qualquer – o príncipe dos elfos, está sendo produzido em laboratório. Enquanto isso, o príncipe, Astarte, está treinando em Arcádia, sua terra natal, para ser um formidável guerreiro e líder de sua espécie em uma nova guerra. Tão logo seu treinamento termina, Astarte sente cada vez mais seu corpo na Terra, no mundo humano. Até que desperta.

Chegando a Santo Ossário, Nicole sofre uma nova abdução na estrada, e quando volta, está no meio do caminho, sem carro, sem nada. O jeito é pedir carona, certo? E ela consegue uma carona de um grandalhão ruivo, Félix Kowalski, que viria a ser um grande amigo e parceiro nos acontecimentos que estavam por vir.

Nicole acaba indo “morar” no casarão de sua família, onde um grande massacre aconteceu. E com a desculpa de ajudar a arrumar a casa, reparar instalações e etc, Félix acaba ficando por lá também. 

Juntos eles começam a investigar sobre a suposta morte dos amigos de Félix e sobre os mortos-vivos. Logo eles vão parar em um porão escondido no casarão, onde uma misteriosa coleção de Salomão Manzini, o pai de Nicole, está espalhada: fitas de programas infantis, discos de heavy metal, tudo isso ligado a um ritual cultista da Rainha da Beleza. 

Em uma fuga alucinada por túneis subterrâneos os destinos de Nicole e Astarte acabam se cruzando. Junto a Félix, os dois fogem de Santo Ossário, deixando para trás um Emanuel Montague furioso.

Porém este é só o começo da trama intricada escrita por Leonel Caldela. 

Descubra em O código élfico que os elfos não são tão bonzinhos como aparecem pintados por aí... São criaturas belíssimas, é verdade, porém cheias de si, que buscam o poder acima de tudo. Eram os elfos que governavam nosso mundo e escravizaram os homens milênios atrás, porém, acabaram presos em Arcádia quando os portais se fecharam. E o plano ambicioso de sua rainha, a Rainha da Beleza, Titânia é conquistar novamente este mundo através de seu filho, Astarte. Contudo estes planos acabam se desviando um pouco, quando o inocente Astarte percebe o quão cruéis e vis são os planos de sua mãe e foge.

Cheio de ação, lutas incríveis, cenários apocalipticamente belos, O código élfico é de longe o melhor livro nacional que já li. Me desculpem Draccon e Munhóz que são meus favoritos, mas o Caldela superou vocês em me deixar de queixo caído. =P

Sabe o que é você dar um pause na leitura, olhar para o nada e dizer/pensar “fooooooooooooooooooooda”. É isso aí que eu senti/fiz. Wooooow!

Na minha humilde opinião O código élfico é uma história, uma história não, isso é pouco, é um universo maravilhoso, muito bem trabalhado, cheio de sacadas engraçadas e humor sarcástico, comparável a grandes aventuras épicas que existem por aí, e realmente muito passível de se tornar uma produção cinematográfica. 

Eu realmente espero que vocês, amados leitores, fiquem tão fascinados quanto eu.

Pontos positivos: Caldela criou um universo ímpar neste livro, tem personagens consistentes e com personalidade, uma história muito bem apresentada, com todas as pontas amarradas de forma magistral.  É, com certeza, um livro que precisa ser lido. Um livro que honra a literatura fantástica nacional.

Pontos negativos: Só uma coisa me incomodou um pouco durante a leitura: a marcha dos cidadãos de Santo Ossário sobre a cidade tomada foi meio cansativa. Nada mais.