Resenha: A máscara do rei, Francine Cândido, por Michelle Pereira

Ficha Técnica:

Título: A máscara do rei
Autor: Francine Cândido
Editora: Arwen
Ano de Lançamento: 201
Gênero: Literatura nacional/Fantasia
Páginas: 227

Preço Médio: R$29,90

Hello, people! Como vão?

Na resenha de hoje, vou apresentar a vocês o livro A máscara do rei, que recebemos no ano passado pela parceria com a editora Arwen. 

O livro é narrado a partir da perspectiva de vários personagens, então espero que a resenha não fique confusa com tudo que vou descrever. Vamos lá!

O destino reserva grandes feitos a Eldon, o jovem príncipe de Darastrix. No entanto, o presente lhe é quase uma maldição. Seu pai Svern, o rei, afastou-se dos filhos quando a rainha morreu e tornou-se amargo e cruel. Sua madrasta Sarene, uma víbora de duas caras, casou-se com o rei apenas por interesse, sendo ele obrigado pela igreja a fazê-lo.

Com a distância do pai, Eldon acabou por ser criado pelo padre Mayer, agora seu melhor amigo e confidente. Até mesmo seu padrinho Baern Falkrunn lhe é mais carinhoso que o próprio pai.

Eldon passou a ter algumas visões (ou seriam sonhos?) onde o futuro lhe era mostrado. Ele viu a guerra. E ele se viu como rei, um bom rei, mas que morreria jovem. E isso era perturbador.

Do outro lado da história/do reino, temos Auran, rei dos Vutham. Ele estava relativamente satisfeito em governar suas terras, a parte que lhe sobrou de Gan, depois da derrota para Darastrix, embora seus servos não estevessem nada contentes com isso. Contudo, após uma traição (de alguém que ele nunca imaginaria), ele foi obrigado a declarar guerra contra o reino vizinho, mesmo a contragosto.

Svern, o rei de Darastrix não poderia deixar isso barato, e logo saiu em defesa de seu reino, deixando Eldon, que deveria estar ao seu lado na luta, para trás. Claro que ninguém poderia imaginar que ele não voltaria com vida para casa, mesmo sem ter pisado no campo de batalha e isso foi um choque.

Com isso, o exército de Darastrix passou a ser comandado por Falkrunn, o padrinho de Eldon, no entanto, um exército sem seu rei, sem inspiração é fraco. A derrota para os Vutham viria, e não seria tarde. 

Contudo, o resultado dessa guerra pode mudar quando Eldon toma seu cavalo e vai em direção à batalha com um exército de anjos à seu comando.

A máscara do rei é uma história cheia de traições, armadilhas e egoísmo. Mas, em meio a tudo isso, Eldon florescerá e poderá ser a esperança de Gan.

“Entre viver com sofrimento e morrer com piedade, você escolherá ser rei.”

A máscara do rei é uma leitura legal, porém, precisa de maturação ainda para tornar-se aquilo que promete ser. A narrativa tem tudo para dar certo, mas falta a técnica de um leitor crítico para colocar tudo nos eixos e fazê-la brilhar. 

Duas coisas me incomodaram bastante: A primeira é que por ser uma história ambientada em tempos medievais, a linguagem dos personagens me pareceu demasiadamente contemporânea e sem formalidade (uma característica da era). É meio estranho encontrar ditados populares usados por nossos pais em um livro com essa temática. A segunda é que algumas passagens, um bocado pesadas, diga-se de passagem, pareciam estar lá apenas para chocar, sem uma motivação plena, e isso enfraqueceu o enredo. 

As coisas que gostei bastante foram as frases no início dos capítulos, que são bem poéticas; a diagramação, que ficou bem bacana, decorada com cenas de guerra na abertura de capítulos; e a capa, que possui uma imagem sensacional (que só vamos entender no final do texto), porém a combinação de tipografias é fraca. A escolha é óbvia, já que os tipos são clássicos, contudo, uma combinação de maior peso traria mais vida à capa (isso é meu lado designer falando :P)

Espero que gostem da leitura!

Hugs!