Resenha: Quando o mal tem um nome, de Glau Kemp, por Michelle Pereira








Ficha Técnica:
Título: Quando o mal tem um nome
Autor: Glau Kemp
Editora: Independente
Ano de Lançamento: 2017

Gênero: Sobrenatural/Terror
Páginas: 174
Preço Médio: 1,99 (e-book Amazon)
Exemplar digital cedido pela autora. 



Hey people! Como vocês estão?

Curtindo o fim de ano? Porque eu estou aqui nas leituras e louca demais com tanta coisa nacional e tanta coisa boa!

Só nessa semana já soltei outras duas resenhas de autores nacionais: uma da Naila Barboni, A princesa guerreira; e uma da Mari Scotti, Montanha da Lua. Uma fantasia, um romance histórico e agora, para deleite de vocês, um terrorzão nacional!

Quando a Glau Kemp abriu parcerias para Quando o mal tem um nome, corri como o diabo foge da cruz e me inscrevi, muahahahaha e bom! Tamos aqui para falar desse livro assustador. Vem comigo!

Marta não poderia ter feitos escolhas piores... Mas o que a levou a fazer isso, foi uma vontade tão enraizada, tão avassaladora, que ela não pode simplesmente desistir. Não, ela não pode. E, talvez, ela nem soubesse o que estava fazendo... ou ainda, sem perceber, ela poderia ter sido chamada pelo mal...

Seu desejo, o simples desejo, era ter uma menina. Uma linda garotinha que pudesse criar, ensinar a bordar, cozinhar e ser uma verdadeira mulher do lar, assim como ela mesma. No entanto, Nossa Senhora Aparecida não atendeu seu desejo. E ela teria outro menino, seu terceiro.

Foi por isso que Marta, movida por uma vontade arrebatadora, procurou outros meios para conseguir sua menininha. Em um ritual em que fora entregue a vários demônios, possuída e violada, a mulher de fé inabalável conseguiu o que queria. Mas a que preço?

Sua menina estava amaldiçoada e ela nem mesmo conseguiu amá-la. Clara era o mal encarnado e a culpa era de Marta.

Aquela garotinha a assustava. Aquela garotinha que todos amavam matou seu querido bebê, seu pequeno Pedro, tão gentil e amoroso. E aquela mesma garotinha atraía um gato, o mal encarnado para sua casa... Ela era o mal.

E o mais inexplicável era que a mulher ainda continuava sua marcha na direção de Nossa Senhora, querendo salvá-la. E nem a si mesma conseguiu salvar...

Clara, que nada sabia sobre a vida, ficou só após a morte da mãe. Sua única amiga, que a odiava, que não a suportava. O pai e o irmão mais velho não tinham trato com ela, não sabiam amar, muito menos cuidar. O que restou a ela foi a casa e os afazeres domésticos. Apenas isso, e uma infelicidade genuína.

Mas, talvez, um beijo roubado e um amor proibido pudessem salvá-la. Ou não.

Donavan seria sua destruição?




Enquanto eu lia Quando o mal tem um nome me subia um arrepio dos pés à cabeça. Eu não saberia dizer se era o ar condicionado do ônibus que estavam muito forte ou se era algo mais sombrio à espreita. O que sei é isso: eu arrepiava.

A história escrita por Glau é uma coisa assim, assustadora, arrepiante... Ela mistura um quê de inocência, mas essa inocência é coberta de uma calda maligna e egoísta.

É. É isso.

O que eu mais gostei foi da caracterização da obra. Glau conseguiu me colocar nos anos 70 e 80. Eu me sentia naquela época, talvez por que eu tivesse sido criança na década seguinte e soubesse como eram as coisas naqueles anos. Aquela coisa com um pouco de magia e superstição. E adorei os personagens também, porque eu conseguia imaginá-los reais. Marta bem poderia ser uma vizinha meio esquisita ali do lado, quando era mais nova.

A escrita é fluida, instiga e prende o leitor. E bom, se você é fã de terror, não tem porque não gostar. Eu adorei. E superindico.

Só preciso comentar uma coisa: acho que eu esperava outra coisa do livro, sabe? Fiquei com esse gostinho na boca. Eu li a sinopse e achei que encontraria algo diferente. Achei que Donavan seria outro alguém, achei que haveria um anjo caído e que o mal chegaria àquela cidade de outra maneira. Não que eu tenha me decepcionado, nada disso! Essa história é digna da Darkside (e isso é um puta elogio). Eu só realmente pensei que seria outra coisa (ok, acho que estou parecendo louca kkkkkkk)

A capa é uma formosura produzida pela Marina Ávila! Da qual, não posso negar, sou fã dos trabalhos. Não posso opinar sobre diagramação, pois li uma versão digital, mas posso apostar, se for a capista a trabalhar na versão física, isso vai ficar estupendo! Sobre a revisão, passaram algumas coisinhas que me incomodaram um pouco, mas nada que atrapalhe a leitura.

Espero que tenham gostado e que venham conhecer o mal, descrito e sussurrado nas páginas de Glau Kemp.


Hugs

2 comentários:

  1. Oi Miihhh!!!
    Eu vi também que a autora tinha aberto parcerias, mas no momento não estou pegando leituras novas. Fiquei SUPER curiosa com a sua resenha. Adorei!

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    1. Menina, esse é um livrão viu!? Quando tiver oportunidade, tenta ler.
      É de arrepiar!
      E que bom que gostou da resenha <3
      Beijos, beijos Gess

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