Resenha: A guerra dos anjos, de Arley França, por Michelle Pereira










Ficha Técnica:
Título: A guerra dos anjos - Domínio espiritual
Autor: Arley França
Editora: Chiado
Ano de Lançamento: 2016

Gênero: Fantasia
Páginas: 544
Preço Médio: R$ 35,00
Livro físico cedido pelo autor


Oi oi gente! Como vocês estão?

Hoje é dia de falar sobre céu e inferno, sobre anjos e demônios! Aposto que, se você é fã de fantasia, já esbarrou com esses seres sobrenaturais por aí, em algum livro. Eles estão presentes em Fallen, Hush Hush, Insônia... Só que, com a abordagem que o Arley França usou, talvez você ainda não tenha visto. Então vem cá conhecer os celestes presentes em A guerra dos Anjos!

Começamos a história com um prólogo de cem atrás em que os anjos Haziel, Hariel, Daniel e Barrattiel estão em luta contra seres infernais. Em meio a toda a confusão, Haziel acaba sendo capturado e preso no inferno por um século.

"Quando o Pai nos criou, já estava pensando no futuro. Fomos feitos para ajudar na evolução da humanindade, e como isso era vontade Dele, fizemos com prazer e estamos aqui lutando por vocês."

Em seguida, o livro nos apresenta Aron, um dos personagens centrais. O humano não sabe, mas tem um anjo da guarda que está ao seu lado desde o início de sua vida. Ele o guia por toda a sua caminhada, está junto dele em todos os melhores e piores momentos e sempre estará lá, até o fim de sua vida. Caliel ama seu protegido, faria o que pudesse para mantê-lo a salvo. Mesmo dar sua vida pela dele, se for preciso.




Naquele dia em específico, Aron e sua esposa, Sun, estavam empolgadíssimos e mais que prontos para viajar para Cancun. Mal sabiam eles que, na conexão que fariam no Panamá as coisas sairiam de controle de forma horrenda: o avião em que estão é explodido por um homem-bomba ao mesmo tempo em que Caliel e outros anjos guardadores, que vigiavam seus protegidos, têm de lidar com uma horda demoníaca que se aproxima pelos céus.

Cercados e em menor número, Caliel vê seus companheiros derrotados por demônios, assim como vê os protegidos deles morrerem. Na esperança de não deixar que isso também aconteça com os seus, ele os envolve em uma camada de energia e guia sua queda até uma ilha deserta.

"(...) precisamos ficar fortes, unidos e juntos."

É justamente por ficarem presos naquele local que Aron e Sun sobrevivem ao holocausto infernal que há na Terra. Os humanos, tomados por energia demoníaca se levantam uns contra os outros; pai contra filho, nação contra nação, até não existir mais humanidade, somente monstros. Só restam os protegidos de Caliel. O último homem e a última mulher.

Porém, como nem tudo são flores, os infernais acabam encontrando os humanos e nada disso poderia prestar, não é? Caliel estava longe, resgatando um anjo no inferno, algo que todos achavam ser só uma lenda... E seu substituto na proteção de Aron e Sun, Hekamiah, bem, não era tão cuidadoso quanto ele. Por sorte, a ajuda chega a tempo. Mas, nem ela é suficiente conter os demônios. É por isso que durante a fuga Sun é deixada para trás.




Levado ao continente, Aron sofre por se separar a esposa e vê com os próprios olhos o que aconteceu com a humanidade e, finalmente, conhece seu guardador, Caliel. É por meio dele que o rapaz descobre sua verdadeira importância nessa guerra entre anjos e demônios: não é apenas por ele ser o último homem, é por ele ser descendente de Adão (aquele mesmo, o parça da Eva). E, talvez, uma das peças mais importantes para a salvação do mundo.

"A lembrança a seguir inundou seu coração de emoção, ao relembrar seu primeiro sentimento após sua criação. Ao seu primeiro abrir de olhos, a primeira coisa que viu foram as lindas íris azuis - como as dele - cintilantes, radiantes, à sua frente quase coladas ao seu rosto. Os olhos de Hariel brilhavam como duas pedras preciosas. Aquilo, imediatamente, fez com ele se sentisse seguro."

A guerra dos anjos foi uma feliz surpresa para mim. Eu achei que o livro caminharia para um lado, focando no Aron, mas, muito pelo contrário, a partir de determinado momento, o foco passa todo para os celestes. E que trama mirabolante, viu? Eu até consegui enxergar o que viria no final, depois de um tempo de leitura, mas não deixou de ser uma surpreendente.

E as cenas de luta? Ahh que cenas! Arley trabalhou nelas de forma incrível. Adorei todas. A história, inclusive, já começa com porradaria (nem sou fã, né? hahahaha).

Além dessas, as passagens que mais gostei são as que narram o início dos anjos e, principalmente, a relação entre Daniel e Mazarak, construída lá nos idos da Mesopotâmia. Isso sim é amizade!

Foi legal também perceber que A guerra dos anjos guarda algumas semelhanças com meu bebê mais velho, Guardião do Medo. Se eu contar pra vocês que tem até personagem com nome igual vocês acreditam? hahaha




A escrita do Arley é muito fluida e muito próxima do leitor, algo que torna a leitura leve. Acho que a maior qualidade mesmo, são as descrições, excelentes. Elas nos fazem emergir na história de forma completa conseguindo enxergar o que os personagens estão fazendo.

A capa é bem interessante, mas houveram alguns descuidos na execução. O título, nome do autor e marca da editora quase não tem contraste com o plano de fundo e acabam ficando difíceis de ler, algo que incomodou o coração da designer aqui haha. A editora pecou muito na revisão também, encontrei muitos erros ao longo da leitura. Incomoda, mas não atrapalha a leitura, tá?

Espero que tenham gostado.

Hugs ;)

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