quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Resenha: The Walking Dead - O Caminho para Woodbuury, Robert Kirkman e Jay Bonansinga







Ficha Técnica:
Título:
 The Walking Dead

Autor: Robert Kirkman e Jay Bonansinga

Editora: Galera

Ano Lançamento: 2013
Gênero: Ficção/Fantasia, Suspense/Terror
Páginas: 336
Preço Médio: R$ 28,90






Apocalipse zumbi. Luta pela sobrevivência. Sangue, matança, ação. Como essa mistura pode ser ruim? Não é possível, certo?

Ah, é sim. O Caminho para Woodbury está aí para provar.  

Acho que se eu tivesse lido esse livro como uma história independente - apenas uma narração que envolvesse zumbis - não ia ter achado tão ruim assim. Mas como essa coisa estava relacionada ao empolgante e muito bem escrito "A Ascensão do Governador", não posso perdoar.

A história desse segundo volume se concentra em Lilly Caul, garota que vive numa espécie de aldeia improvisada por diversos sobreviventes. Ela passa por desastres e perdas, se desgarra do grupo maior e forma um grupo menor, seguindo com eles numa jornada capenga e sem qualquer emoção até que, finalmente, chega a famigerada cidadezinha. Literalmente, é mesmo o caminho para Woodbury. 

No entanto, esse segundo livro é mal escrito, entendiante e repetitivo. Os personagens são chatos e superficiais e, ao contrário do que ocorre no primeiro, estes novos não nos despertam vontade de conhecê-los ou torcida para que não virem papinha de zumbi.

Lilly é pouco explorada para uma personagem central, mas o pouco que conheci dela já me fez odiá-la. Josh, seu protetor e possível enlace romântico, é bobo e bonzinho demais. Bob, bêbado inveterado, também não apresenta muitas aparições consideráveis. Megan, a lasciva melhor amiga de Lilly, é a única que merece alguma atenção, mas infelizmente, o personagem foi desperdiçado.

A escrita do livro também decaiu, como no exemplo das frases manjadas de romance que fizeram meu estômago se embrulhar, foi forçado demais, coisas como "- A única coisa que nunca vai mudar, amor, são meus sentimentos por você" Torci pro zumbi comer ele nesse momento! Outro exemplo da declinação da escrita são as repetições de expressões: "Mas ele não percebeu que..." - sério, quantas vezes isso apareceu na narrativa? Basicamente, sempre antes de alguma cena tensa acontecer, tinha esse "não percebeu" ou algo semelhante como introdução.

E o pior é que são poucos os ataques que empolgam. O conflito do início é bem legal e foi o que me iludiu, porque eu realmente acreditei que muita correria e emoção estava por vir. Mentira. Propaganda enganosa. Esperança falha.

Nenhum desses cidadãos conseguiram me cativar, e a tal da Lilly Caul em vários momentos me irritou profundamente com seu comportamento de garotinha choramingona. No livro anterior, a filha de sete anos de Philip Blake tinha mais atitude que ela.

A melhor sacada do livro foi um certo desenvolvimento do personagem Martinez, que teve um arco interessante na parte final do livro, tomando algumas ações que eu não esperava. Infelizmente essa foi a única coisa maneira do livro, que contou também com pouca ampliação da psique e comportamento do Governador, perdendo-se aí uma ótima oportunidade de aprofundar-se nesse personagem. Contando ainda com um desfecho bem abaixo do que eu esperava, esta continuação me deu a impressão de que Robert Kirkman e Jay Bonansinga criaram algo extremamente irrelevante dentro de um universo tão rico como o de The Walking Dead.

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