As críticas sempre estão por ai: as negativas e as positivas. Ambas mostram o ponto de vista pessoal, e ambas são construtivas quando bem redigidas. Pegamos algumas críticas sobre o lançamento do filme "A Menina que Roubava Livros", adaptação do livro de Markus Suzak.
Com a fantástica trilha sonora criada pelo gênio John Williams, A Menina que Roubava Livros conta a história, narrada por uma voz sombria, de Liesel que precisa ir morar com uma nova família na Alemanha da Segunda Guerra após sua mãe ser acusada de comunismo. Aprende a cada dia a amar e ser amada, vive de seus sonhos e da vivência dos que tem ao seu redor. Uma longa lista de vidas se misturam com a dela e, desafiando quem já viu as maiores barbáries do planeta e trabalhou para os mais diversos vilões da história mundial, contagia, mostrando que a vida pode, deve e merece ser vivida dia após dia.
O livro é infinitamente mais detalhista, tanto em relação à história dos personagens quanto a todo o contexto mundial, tendo os nazistas em evidência. Mas isso não quer dizer que esse trabalho deixa muito a desejar. A Menina que Roubava Livros é um belo filme, onde a tática do feijão com arroz adotada deu certo. O diretor seguiu o máximo que pôde todas as linhas e idéias de Markus Zusak e transportou para as telonas, principalmente, a emoção o que amarra a história e prende a atenção do espectador do começo ao fim.

Depois de seu magnífico e emocionante trabalho no filme O que Traz Boas Novas, a jovem Sophie Nélisse ganhou um dos papéis mais concorridos dos últimos anos. Com uma sensibilidade de gente grande, transforma cada olhar em palavra conduzindo o público brilhantemente para as profundezas da razão e emoção contidos em cada parágrafo dessa bela história.
Todo livro é um mestre que fala mas que não responde. Partindo dessa verdade grega, a destemida Liesel encara a dura vida de maneira criativa e diversas vezes recheada de alegrias por conta da mágica que acontece quando acaba de desfrutar um livro. Com a ajuda de seu novo pai Hans (interpretado de forma brilhante pelo eterno Shine, Geoffrey Rush) e os amigos que faz durante toda a história, a menina rouba livros e devolve em emoção ao espectador. Você merece conferir essa história.A Omelete UOL já não foi tão favorável assim:
Filmes sobre o nazismo já vimos vários, cada um abordando um acontecimento, uma consequência, uma família ou pessoa específica que viveu, à época, sob o intenso comando de Hitler. Em A Menina que Roubava Livros, conhecemos a história de Liesel Meminger (Sophie Nélisse), uma jovem filha de mãe comunista que também sofreu com o regime alemão.
Somos apresentados à Liesel pela Morte, que narra o longa - narrativa essa que aparece somente quando conveniente, se ausentando durante grandes porções do filme. É logo que entendemos a árdua jornada da garota: sua mãe, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto, deixando a jovem ainda mais sozinha e desamparada.
Sua saga como ladra de livros inicia-se no breve enterro de seu irmão. O coveiro deixa cair um livro, que é logo surrupiado por Liesel. Curiosamente, são poucos os livros que ela realmente rouba dali em diante. O foco principal da trama passa a ser os relacionamentos da garota, como ela muda as vidas ao seu redor e vice-versa.
Rudy (Nico Liersch), seu melhor amigo, apoia Liesel na escola e em casa. Sua personalidade mais aberta e expansiva ajuda a menina a não ser tão fechada. Ao conhecê-lo, ela passa a compartilhar mais sobre si mesma e entende o valor de uma verdadeira amizade. Hans (Geoffrey Rush), seu pai adotivo, é o primeiro par de braços a acolhê-la após ser deixada pela mãe biológica; já sua esposa Rosa (Emily Watson), forte e dura, passa disciplina e respeito.
Também são presentes na vida da menina Max (Ben Schnetzer), um judeu fugitivo que encontra refúgio no porão de Hans e Rosa; e Ilsa (Barbara Auer), a esposa do prefeito.
Ambos, assim como Hans, incentivam a leitura da garota - mas não têm impacto tão profundo quanto os três primeiros. O desenvolvimento de personagens, principalmente de Max e Ilsa, é superficial e deixa a desejar, causando um grande desfalque na trama do filme, que se apoia principalmente nisso.
A montagem da narrativa, picotada e ansiosa, também não se encaixa na trama calma de A Menina que Roubava Livros. Cenas curtas e desnecessárias abrem caminho em meio a importantes pontos da trama. Max, um dos portos seguros de Liesel, passa boa parte de seus momentos doente e inerte, sem interagir com a menina, que lê livros "emprestados" para fazê-lo retomar a consciência.
Por fim, a história de Liesel não é somente sua - muito menos de seus momentos como ladra. Entendemos as dificuldades não só dos rejeitados por Hitler na Alemanha nazista, mas também dos mais pobres, dos jovens que eram obrigados a cumprir deveres militares e dos inúmeros sacrifícios que todos deviam fazer para proteger os mais afligidos. A menina que roubava livros é um mero fio condutor para mostrar como aqueles tempos eram ruins.
Minha opinião:
No Brasil o filme arrecadou cerca de 2 milhões de reais.
Nossa, eu me perdi no tempo e esqueci que estava no cinema, agora que fui olhar e percebi que já está! Preciso ver o filme porque não li o livro, mas geralmente o filme deixa partes para trás. Mesmo assim quero ver como ficou!
ResponderExcluirBeijos
Greice
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