segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Resenha - A Menina Que Tinha Dons de M.R.Carey. por Mayah

Cultuado autor de quadrinhos e roteiros da Marvel e da DC Comics, entre eles algumas das mais elogiadas histórias de X-Men e O Quarteto Fantástico, o britânico M. R. Carey apresenta uma trama original e emocionante em sua estreia como romancista com A menina que tinha dons, lançamento do selo Fábrica231. Aclamado pela crítica, o livro se tornou um bestseller imediato na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao contar a história de Melanie, uma menina superdotada que faz parte de um grupo de crianças portadoras de um vírus que se espalhou pela Terra e que são a única esperança de reverter os efeitos dessa terrível praga sobre a humanidade. Uma comovente história sobre amor, perda e companheirismo encenada num futuro distópico.
         Quando escolhi esse livro para ler achei que o tema seria algo sobre mutantes, super humanos com poderes extraordinários, tanto pelo título quanto por o autor ser um cartunista de duas empresas famosas por criar personagens assim, que é a Marvel e a DC. Ledo engano, a história segue uma linha totalmente diferente.
         Um fungo – com um nome que eu me recuso a sequer tentar pronunciar, que dirá escrever  –  super potente e de fácil contágio se desenvolveu na copa das árvores na floresta. Em pouco tempo, esse fungo faz uma cadeia de hospedeiros até chegar aos humanos, se prolifera e extermina a maior parte da população na cidade de Londres, um evento conhecido como “Colapso”. Aos infectados dão-se o nome de “famintos”, o que é muito descritivo já que o fungo ataca o sistema nervo dos hospedeiros, destruindo todo pensamento racional e deixando somente uma fome insaciável por carne... humana.
        No meio do livro comecei a ver o fungo como um personagem também porque tudo parece gira em torno dele: as reações ao fungo, o contágio, a proliferação, o desenvolvimento acelerado das sementes deixadas por ele... Mesmo não sendo visível, ele era que mais “aparecia”, tamanha era a sua dominação.
         Mas o curioso era que em algumas pessoas, em sua maioria as crianças, o fungo reagia de forma adversa ao esperado pelos pesquisadores e cientistas do exercito. Quando infectadas, as crianças tinham suas células destruídas, mas continuavam pensando por si próprias, não apenas pela fome do fungo.  Para descobrir o motivo dessa  “anomalia” no comportamento do fungo, o exercito constroem bases de pesquisas onde cientistas fazem o necessário e até o impensável para conseguir respostas.
         Entre os cinco personagens principais – apesar do fungo estar sempre presente, não vou nem falar, rs – de quem eu mais me afeiçoe foram... Todos. Parece até que é de propósito, o autor sempre trás personagens que nós vamos amar, mesmo sabem que eles podem ser mortos a qualquer momento. É, vida de leitor não é fácil, rs.
          O livro todo se passa nesse clima apocalíptico, de cidade devastada, onde todos os personagens – os cinco que aparece – fogem, lutam, quase morrem de fome e frio, tentando ser mais forte que esse mal misterioso que é o fungo. O que eu mais gostei na história foi como o autor expôs as características mais marcantes de cada personagem, cada um assumia um lugar no grupo e conforme tomava alguma atitude eu reagia de forma diferente, ora simpatizando, me emocionando e ora querendo matar de com um aperto todos. Teve uma em particular que era quase sempre, maior ódio, rs.
          Bem, o desenrolar da história é bem legal, mesmo o inicio sendo um pouco parado com o passar das páginas a história vai ganhando vida e chega num ponto em que eu só consegui parar quando terminei e, eu gostaria de dizer que valeu a pena essa euforia toda – já que eu passei à noite em claro lendo, o que é totalmente normal aos leitores neh? Rs – mas não deu. Pra mim, o final deixou muito a desejar, e muitas pontas soltas também. Ficou aquela sensação de tempo perdido e eu odeio quando isso acontece...
           Mas apesar dos pesares – e do final, claro – eu recomendo a leitura aos chegados a histórias apocalípticas, com o plano de fundo do fim do mundo, é uma boa pedida. Só deixo um pequeno conselho: não se apegue a nenhum dos personagens porque nunca se sabe quando pode aparecer um faminto, ok? Rs. Boa leitura aos que darão uma chance “A Menina que tinha Dons”.

Ficha Técnica.
Titulo: A Menina Que Tinha Dons
Autor: M.R.Carey
Editora: Rocco
Gênero: Romance/Novela, Ficção cientifica/ Distópia

5 comentários:

  1. Estou louca para ler esse livro. Já vi gente falando que ele tem algo de Walking Dead, o passo, o tipo de suspense.
    Eu também achei que seria algo mais super-herói, mas fiquei mais curiosa ainda depois de saber que não é.
    Beijos!

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  2. Eu queria ler, vi a capa na livraria e pelo nome eu quis ler, mas agora que eu vi a historia nao me interessei muito. Não curto esse tipo de historia.
    rebeldiaemv.blogspot.com.br

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  3. Eu sou louca por esse livro! Não sei se pela sinopse ou por admirar tanto o trabalho de M. R. Carey! Adorei o blog!

    Bjs,
    http://folhasnumeradas.blogspot.com/

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  4. Um livro que já está a um tempo na minha lista de compras! Mas sempre que vou comprar livros vou deixando ele para ser o último o último até que já gastei todo o dinheiro e nem vi :p

    http://younguai.blogspot.com.br/

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  5. Hmm, já vi muita gente falando deste livro, mas ele não me pareceu muito atraente... Mas eu gostei de sua resenha. É uma pena quando o livro não tem aquele final empolgante.
    refugiorustico.blogspot.com.br

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