Resenha - A batalha do Apocalipse de Eduardo Spohr, por Michelle Pereira

Ficha Técnica:
Título: A batalha do Apocalipse
Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus
Ano de Lançamento: 2010
Gênero: Literatura brasileira
Páginas: 586
Preço Médio: 19,90





Hello, people!

O que temos pra hoje é o aclamado A batalha do Apocalipse, do Eduardo Spohr, um dos grandes nomes de literatura fantástica nacional!

E vamos combinar, só a história da caminhada do livro até sua publicação por uma editora grande já é fodástica. Isso porque, nós nerds, é que elevamos A batalha do Apocalipse ao nível top. O livro foi publicado inicialmente pela nerdbooks, do site Jovem Nerd (adoro!) e vendeu uma boa quantidade, chamando atenção da Record. E tão logo, o livro foi publicado pelo selo Verus e ganhou o Brasil - ainda mais!

Isso aí é o nerdpower! ;)
Alçar um livro de uma editora menor para uma das gigantes nacionais!

Mas vamos ao que interessa, a resenha. ;)

Yahweh, Deus, criou o mundo em seis dias, e no sétimo deitou-se para descansar. Este dia tem durado por milhares de anos, e agora, o fim está próximo. Yahweh acordará e julgará a humanidade. E os anjos...

Ablon é um anjo renegado. Ele vive no Rio de Janeiro, e é o último dentre aqueles que foram expulsos do céu, após uma revolução. Esta revolução veio da insatisfação pelo maneira de governar o céu e das pretensões para os humanos de Miguel.

Por falar em Miguel, o arcanjo vinha a séculos administrando os sete céus com mãos de ferro, desde o adormecimento de Yahweh. Além disso, ninguém, nem mesmo os outros arcanjos, podiam entrar na local de descanso do criador. Mesmo lugar onde ficava o "livro da vida", contando toda a história da humanidade e da criação.

O fato é que, o fim estava próximo. Todos podiam sentir. O fim do sétimo dia estava batendo a porta e logo a batalha do Armagedom eclodiria.

Shamira, a feiticeira de En-dor, também sentia isso. No Egito, lugar de velhas lembranças - quando foi aprisionada por Nimrod, o idealizador da Torre de Babel (poizé, o cara queria alcançar o céu com tal torre e então dominá-lo) e depois liberta por Ablon -, trabalhava como arqueóloga com o intuito de recuperar a espada perdida de seu anjo salvador.  

E Lúcifer, governante do inferno, tem planos bastante nebulosos para o fim dos tempos. Seu exército está em polvorosa. Ainda mais com sua proposta de aliança com Ablon, mesmo anjo que traiu no passado, rejeitando sua insurreição para crescer em estima no céu.

Claro que Ablon recusa, certo? Ele é um anjo renegado com muita ética. Mas ele sabe que nada ficará bem. Em breve, o som das trombetas que anunciam o fim ecoará por todo o mundo e a destruição cavalgará sobre a Haled. Contudo, ele deseja protegê-la. E para isso precisará lugar contra Miguel e sua tirania, e seu exército incalculável. 

Ablon receberá ajuda, é claro. E enquanto a guerra toma ele precisará resgatar Shamira, sua antiga amiga (e par romântico também), das garras do Anjo Negro. E afinal, quem é ele?

A batalha do Apocalipse é um livro surpreendente, com muito embasamento e muita pesquisa (nota-se de longe). Eduardo Spohr construiu uma narrativa cheia de ação, interessante e muito bem amarrada. Nada de fios soltos aqui ou ali, tudo é muito bem preso. 

Porém, um e outra coisa me incomodaram, como os adjetivos utilizados para se referir a Ablon, ora "o renegado", ora "o celeste", ora alguns outros. Alguns diálogos também me pareceram bastante enfadonhos e sem técnica. Contudo, nada disso atrapalha o poder da história. E também vamos dar um desconto pois esse é o primeiro livro de grande sucesso na carreira de Spohr. Acredito que ele tenha melhorado tudo isso nos livros que se seguiram, como Filhos do Éden.

Eu gostei para caramba. Espero que vocês também =)

Agora é esperar que dezembro chegue logo, pois Eduardo desembarcará em Belo Horizonte para sessão de autógrafos e preciso correr até la! =*