Supergirl, por Gabriel Albuquerque

Na primeira quarta feira deste mês de novembro (4), estreou mais uma série adaptada dos quadrinhos para as telinhas: Supergirl. A CBS, produtora da série da personagem DC Comics, se torna a pioneira em colocar uma série na TV tendo uma super heroína como protagonista. Houve, pelo lado da Marvel, a estréia, em janeiro desse ano, da série Agente Carter. Então muitos devem estar se perguntando: então não seria a Marvel a pioneira tendo uma personagem feminina como protagonista em uma série de herói? Sim, tecnicamente a Marvel fora a pioneira, porém a Peggy Carter não tem super poderes, o que faz a DC pioneira. Nos EUA, a estréia foi em 26 de outubro.

A série começou a ser desenvolvida em setembro de 2014 pelos escritores/produtores Greg Berlanti, Ali Adler e Andrew Kreisberg, e em maio desse ano houve um “vazamento” (as aspas se justificam, pois além de mais fãs da heroína terem ficado sabendo da série, houve um aumento dos patrocinadores, e por consequência aumento de renda) do episodio piloto. Esse primeiro “vazamento” não tinha o tempo total do primeiro episódio (46min13s), e faltaram detalhes que ainda não tinham sido gravados. Detalhes de grande importância para a construção da personagem e da série. Na estréia aqui no Brasil, também houve “vazamento” do episódio que iria ser lançando pelo canal de TV paga, Warner. Uma semana antes, vários sites de download já tinham em seus registros o piloto da série. A diferença é que esse segundo “vazamento” não difere em praticamente nada do episódio transmitido pela Warner. Pequenos detalhes que não influenciam no enredo.

Falando em enredo, o episódio de estréia, mostra Kara Zor-El ainda criança sendo mandada à Terra pelos seus pais com a missão de proteger seu primo Kal-El (o interessante dessa cena, é que ela lembra um pouco a cena de Men of Stell). Porém, sua nave é pega pela explosão de Krypton e ela fica presa em uma Zona Fantasma por 24 anos, até que de alguma maneira a sua nave pousou na Terra. Ela fora adotada pela família Danvers (casal de cientistas que havia ajudado o Homem de Aço a compreender suas habilidades), e passou toda a sua adolescência escondendo o seu verdadeiro poder, assim como seu primo fez durante muitos anos. Primo esse, que já era adulto em sua chegada e já tinha se revelado como Superman. Agora Kara Zor-El, que agora era conhecida como Kara Danvers, vive em National City e trabalha em uma grande revista como assessora da dona.

Kara se adaptou bem ao cotidiano dos humanos comuns. E tudo isso muda quando ela se vê obrigada a utilizar os seus poderes para evitar que uma tragédia acontecesse. Graças a isso, também é revelado o seu primeiro inimigo: Lumberjack, conhecido como Lenhador. Ao enfrentá-lo, Kara termina descobrindo coisas sobre as suas duas famílias, a da Terra e a de Krypton (que obviamente eu não contarei aqui!).

O primeiro episódio de Supergirl tem a atenção dividida da crítica. Lê-se e ouve-se muito que a série parece ser feita para adolescentes, que o enredo foi muito fraco e os efeitos ruins. Em contrapartida existe outra forte crítica elogiando a série, contrapondo exatamente estes argumentos, ao dizer que a atriz Melissa Benoist está excelente no papel de Kara, os efeitos, principalmente das lutas, foram muito bem feitos. Tais críticas irão existir a cada novo episódio lançado. Ainda é muito cedo para dizer se a série será um sucesso ou um fracasso. Podemos citar Arrow (outra série da DC), que começou muito fraco, e foi melhorando com o desenrolar da história, e se fortaleceu muito com a chegada de Flash com crossovers excelentes.

A série acabou de sair do forno e com certeza os seus produtores estão de olho em todas as críticas para melhorar cada vez mais. Ainda não se sabe e nem se especula nada pela internet sobre, mas como citei acima, Flash e Arrow já fizeram alguns crossovers, então porque não sonhar com um para Supergirl? Talvez ainda nessa primeira temporada? Poderia ser algo positivo e chamativo para todas as três séries. E ainda podemos também, que seria outra maneira de alavancar o sucesso de Supergirl, é a aparição de seu primo (não seria o mesmo do cinema, pois os universos são diferentes). Ponto positivo para que isso aconteça: Greg Berlanti, Andrew Kreisberg. Sim, meus amigos! Esses dois estão envolvidos na produção das três séries! Outro ponto é que temos as mesmas empresas envolvidas no desenvolvimento como a Warner Bros. Television, Berlanti Productions e DC Entertaiment. Espero, e como disse antes, não existe nenhuma especulação sobre, que as empresas deixem um pouco de lado quem tem “mais culhões” e façam isso pelos fãs!

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