Sérgio Vaz é uma voz que ecoa no topo da favela, fundador da Cooperifa, e do famoso sarau de São Paulo, o poeta é um grito de socorro que emergiu há mais de 25 anos. De infância difícil, jovem sonhador na época da ditadura, Sérgio não sabia que escrevia poemas até notar que era o poema em si.
Descobri seus projetos e fiquei maravilhada, fundou uma biblioteca, tem cinema uma vez por semana na laje, filme bom, só obra brasileira e que faz o publico sair sorrindo. Confesso que conheci-o faz pouco tempo, por meio de Rael da rima que citou seu nome em uma canção, procurei por seus poemas e me encantei logo no inicio, li tudo o que eu gostaria de escrever, e a paixão explodiu quando descobri que ele passaria pela minha cidade. Não pensei duas vezes e fui assistir sua palestra, chovia lá fora, mas todos estavam hipnotizados pelos olhos que sorriam tristes para o publico. Antes do encontro, ele me abraçou, perguntou meu nome, sorriu ao fazer uma careta com o autógrafo, perguntou sobre as minhas tatuagens, identificou Leminski e Bukowski logo de cara, me deu outro abraço gostoso e disse ”você é mais poesia do que pensa” eu nunca vou me esquecer disso.
Sérgio logo no inicio da palestra disse ”Moça, não quero sentar nesse sofá chique, me arruma uma cadeira igual a do pessoal, não, me arruma uma mais alta, quero poder ver todo mundo na sala” Escutei aquilo atenta, no primeiro lugar da primeira fila. Ele começou tímido, olhando pra baixo, com a voz escondida dentro do peito, falando da infância, dos amigos que perdeu para o crime, meia hora depois estava animado e contando como a poesia o salvou. Me senti cativada ainda mais, compreendi que ele não escreve para o publico, ele fala pela favela, dá voz ao negro, ao pobre, injustiçado, mãe solteira, seja quem for, Sérgio pega a sua dor e leva no peito, luta por você.
Ele contou que é triste sim! E que a tristeza o visita até nos dias mais felizes, escritor precisa disso para escrever, e eu concordo. Disse também que todo mundo gosta de poesia, só não sabe que gosta, e eu concordo novamente, quer um exemplo bacana? Tem lambe lambe com poemas dele espalhados por todo canto em São Paulo, e o pessoal adora(e se você ver, vai adorar também).
O fato é que não tenho palavras boas o suficiente para definir esse poeta, quem escreve com a alma não merece definição, merece respeito, admiração, carinho e muita poesia. Separei aqui, um dos meus poemas preferidos, é ele quem recita, então aproveitem e se deliciem. E pro dia de vocês ficar mais bonito, muita poesia.
PS: Ele distribui cartões postais com seus poemas no final do papo, tem como não amar?
Adoreeeeei, estou encantadíssima com este teu post <3 adorei o poeta, e com toda certeza irei pesquisar mais sobre ele <3
ResponderExcluirBeijinhos
Morgana, não vai se arrepender. Sérgio é um fofo, e as poesias dele são incríveis!
ResponderExcluirMenina, que postagem maravilhosa! Através de suas palavras parece que fui jogada para a primeira fila, onde você estava, e fiquei assistindo a tudo o que ele dizia. Sua publicação foi feita com tanto amor, tanta admiração, que me deixou louca para conhecer um pouco mais sobre esse poeta. Adorei as imagens que você trouxe aqui. Ficou tudo lindo ♥
ResponderExcluirBeijos,
Fernanda F. Goulart,
Império Imaginário.
Nossa, fico constrangida de não conhecer o trabalho dele, fiquei fascinada com seu post e pelas frases que colocou no post, os poemas dele deve ser todos maravilhosos.
ResponderExcluirParabéns pelo post e vou procurar saber mais!
Beijos
Viviana
devoreumlivrooufilme.blogspot.com.br
Oiiie
ResponderExcluirQue legal os poemas e o livro parece ser muuuito legal, poemas de rua são sempre sensacionais, eu adoro
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/