Resenha: O livro do destino, de Raphael Miguel, por Michelle Pereira





Ficha Técnica:
Título: O livro do destino
Autor: Raphael Miguel
Editora: Chiado
Ano de Lançamento: 2015
Gênero: Ficção
Páginas: 212
Preço Médio: €10,00
(exemplar cedido pelo autor)






O melhor amigo de Eric Dias, era seu avô, Regis. E quando ele morreu, parte dele queria ir junto. Lembrar dos tempos em que bebiam chá e comiam biscoito cream cracker juntos era dolorido e nada o traria de volta.

No entanto, é preciso seguir em frente.

Eric acabara por receber um livro velho e antigo de herança, contudo, não havia nada escrito nele. O garoto achou estranho, e mais estranho ainda quando seu tio Gastão, revelou que o objeto era mágico. Que poderia modificar o futuro. Óbvio que o garoto achou que era balela. Até eu que sou mais boba!

Só que ele ficou com a pulga atrás da orelha e foi testar, né? E já querendo burlar a vida: Eric queria tirar dez em uma prova de matemática, haha! Mas, para sua infelicidade, não funcionou. Isso fez com que o garoto achasse que o livro era mais fajuto ainda.

Porém, essa ideia começou a cair por terra quando Eric, em meio a uma tempestade, recebeu a visita do Guardião do livro. E terminou de cair, quando escreveu “O guardião” em uma página e o livro lhe retornou a biografia de um tal de Nathaniel. Não bastasse, o próprio Guardião apareceu à sua frente!  

Nathaniel ensinou à Eric sobre o livro, sobre os mistérios por trás de um artefato tão especial. O garoto tinha grande poder em suas mãos.

E então, como lidar com algo tão poderoso? Como não deixar que sua alma fosse apoderada pelo egoísmo e pelo desejo? E ainda, como lidar com um vilão que deseja de toda forma obter o livro para seus próprios propósitos obscuros?

Lidar com tantas coisas fará Eric amadurecer, e mais, crescer como pessoa. Mas o final você só conhecerá lendo O livro do destino!
"Nós é que traçamos o próprio destino." 
A escrita de Raphael Miguel me surpreendeu por ser leve e ter um quê de nostalgia, por conta da linguagem utilizada que foge um pouco do contemporâneo. Não sei isso tem a ver com o fato de a editora que publica o livro, a Chiado, ser portuguesa e adaptar o livro à sua língua (que embora quase igual à nossa, ainda é diferente) ou se é uma característica do autor, só sei que gostei. Foi bom ter saído do conforto do qual estou acostumada.

Sobre a história, no começo pensei que fosse algo à là Death Note, um anime japonês, mas Raphael tomou outro caminho, um mais humano, diria. Temos um desenvolvimento um pouco mais lento e cadenciado que só ficará agitado mesmo no final, com o surgimento do vilão, e isso pode desagradar um pouco os leitores, embora não me cause desconforto.

Em suma, O livro do destino é uma história calma, cheia da humanidade de um garoto de 17 anos que se importa com o outro, algo difícil de ser encontrado hoje, cheia de nostalgia. Parabéns, Raphael!

Hugs! 

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