Título: Montanha da Lua
Autor: Mari Scotti
Editora: Independente
Ano de Lançamento: 2015
Gênero: Romance histórico
Páginas: 197
Preço Médio: 9,39 (e-book Amazon); 33,18 (livro físico Amazon)
Gennnntttteeeee! Vocês já sabem que sou louca e fã de carteirinha da Mari Scotti, né?
Então, chega mais para conhecerem a última resenha que fiz de uma história dela, Montanha da Lua, o escolhido da vez.
A não tão jovem Mical atravessava uma pequeno bosque a noite,
para chegar a sua casa mais rápido. Ela havia dispensado uma dama de companhia e
seguia sozinha. Tudo andava bem, até ela ouvir sons de passos.
Desesperada, ela correu em busca de segurança, mas acabou tropeçando,
caindo e perdendo a consciência. Quando acordou, estava muito longe de casa, presa
em uma cabana e sendo cuidada por um homenzarrão peludo e mal encarado. Ela até
tentou fugir, mas com um ferimento na cabeça e neve alta não conseguiu ir muito
longe.
Ainda que fosse bem cuidada, Mical achava que o homem era um
sequestrador que apenas queria vê-la bem para entregá-la a família e receber algum
dinheiro.
Investigando a vida do homem, enquanto ele estava fora da cabana,
acabou descobrindo que ele era ninguém mais, ninguém menos que Octávio Hallinson,
o famoso duque de Bousquet.
O homem era conhecido na cidade por conta de uma maldição que
acompanhava seu clã: todas as mulheres que os homens daquela família amavam acabavam
morrendo cedo. Fora assim com sua mãe, fora assim com sua esposa. Por isso, ele
estava escondido naquela cabana na Montanha da Lua, para sofrer sozinho sua desgraça.
Entre discussões, entendimentos e um ajudando o outro mesmo em
suas dificuldades, chegou o dia em que Octávio levou Mical de volta para sua família
e eles se separaram, ainda sem saber que uma semente havia sido plantada enquanto
eles dividiam aquela cabana na Montanha.
Um tempo depois e com algumas boas confusões:
Mical já não era considerada uma mulher jovem para a sociedade
da época. Com seus 34 anos, ainda solteira e com o desejo de ser mãe, mesmo contra
a vontade (pois o que ela queria mesmo era casar por amor e não por conveniência),
acaba por aceitar os desígnios da tia que a criara: ela aceitaria se casar com o
pretendente escolhido por ela.
A condição imposta pelos tios era de que ela só conheceria o
marido no dia do casamento. E assim o fez. Aceitou seus desígnios.
Para Octávio, a maldição da família Hallinson era real. E, ainda
assim, mesmo que sem querer, ele havia se apaixonado perdidamente por Mical, aquela
ruiva de ideias fortes e muito orgulhosa. E ele iria condená-la a morte, casando-se
com ela.
Mas ele jurava que aproveitaria cada momento com sua esposa e
pretendia ser feliz. Contudo, será que a maldição deixaria que ele vivesse
aquele grande amor?
Ahhh, meu Deus! Eu nem de romance de época gosto e me vi
enfeitiçada por Montanha da Lua. E só posso pensar em uma coisa: Mari Scotti é
uma feiticeira das palavras, que encanta o leitor tal qual o flautista encanta
a cobra. Não é possível. Eu li Montanha em 2 dias (no ônibus, no elevador, no
horário do almoço, em casa, na hora de dormir. Sobrava uns minutinhos, tava com
o celular na mão lendo!). Quer prova melhor de que a história de Mical e
Octávio é apaixonante?
Como sempre, a escrita da Mari é doce e fluida, ela escorre
pelos olhos e sem querer, você já terminou tudo! As cenas são descritas com
perfeição, sobretudo as partes mais quentes, que eu bem descreveria como “sexy
sem ser vulgar” (e não sendo fã do estilo, já li coisas que conseguiram ser
muito vulgares...), bem como a linguagem, que certamente nos faz entrar no
clima de mil oitocentos e bolinha haha
Os personagens são muito bem construídos e tem carisma e
personalidade. Mical se mostra forte, mas por dentro é uma mulher como todas as
outras, com desejos e anseios que a tornarão completa. Já Octávio, meu Pai do
céu! É mais supersticioso do que eu (e eu sou muito, tá?)! Ainda que seja
médico e esclarecido, acreditava piamente na maldição dos Hallinson, o que
quase o fez perder Mical para sempre.
E aqui já abro um parágrafo para falar disso: Gente, que
vontade de dar na cara dos dois. Octávio, por acreditar em crendices (ok,
naquela época é algo que o povo supervalorizada, é compreensível e acho que marca
muito a história, a torna “verídica”) e fugir da Mical a cada mínima recaída em
suas crenças; e Mical por aceitar ele de volta depois de ser abandonada sozinha
(e não foi só uma vez). Eu no lugar dela, quebrar um cabo de vassoura nas
costas dele. Nossa senhora! Oh ódio kkkkkkkkk
Mas, é isso, esse drama que uma crença tão enraizada trouxe
ao enredo que o tornou tão interessante, sabe? O contexto ficou excelente! É
muito dos meus avós e dos meus bisavós terem fé nesse tipo de coisa. E acho que
os seus também! Hahaha
Em suma, leia! Sério! Montanha da Lua vai te colocar no
chão, assim como me colocou, sobretudo, se você for fã de romance, romance de época
e eróticos.
Ahhh, só mais um minutinho! Deixa eu falar dessa capa liiiinda,
que eu adorei =)
Ela é simples, mas ainda assim misteriosa e fala um pouco da
Mical. Não tem como não gostar S2
A revisão está bem ok, encontrei algumas coisinhas, mas nada
que atrapalhasse a leitura.
Mil beijos.
Michelle!! Me perdoe demorar tanto a ler a sua resenha! Como sempre, amo seus surtos e eu não lembrava que vc não curtia romances de época HAHAHAHA. Amei suas palavras, elas acalentaram meu coração, obrigada!! Espero que sinta a mesma ansiedade lendo A noiva devota. E ah, obrigada por ser uma das únicas a entender que NAQUELA ÉPOCA as pessoas eram supersticiosas AHAAUHAUHAUHA.
ResponderExcluirBeijooooooooo, Mari
eu acho que sou uma pessoa muito surtada com literatura kkkkkkkk
ExcluirJá quero A noiva devora, quero conhecer Gregório (esse nome!!)
Eu entendo naquela época, e nessa também, pq sou a rainha das superstições kkkkkkkk
bjos, bjos sua linda