Resenha: A linguagem das flores, Vanessa Diffenbaugh








Ficha Técnica:
Título:
 A linguagem das flores
Autor: 
Vanessa Diffenbaugh
Editora: 
Arqueiro
Ano de lançamento: 2011
Gênero: Literatura Estrangeira/Romance
Páginas: 304
Preço médio:
 R$19,90





Para descrever o livro A linguagem das flores, eu queria encontrar uma palavra que fosse ao mesmo tempo doce, suave e que transmitisse carinho, compreensão, amor, confiança e serenidade. Acredito que não poderia encontrar palavra melhor com essas definições que não fosse a palavra, Mãe...

Sinopse: Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder.


O livro é dividido em quatro partes, Cardo, Um coração inexperiente, Musgo e Recomeços.

Cardo

“Não gosto de você – falei. – Não gosto que você me tranque do lado de fora da casa ou me jogue em cima da pia da cozinha. Não gosto que fique tocando minhas costas, apertando meu rosto ou me forçando a brincar com Perla. Não gosto das suas flores, das suas mensagens nem dos seus dedos finos. Não gosto de nada a seu respeito. E também não gosto de nada no mundo. – Muito melhor! – Elizabeth parecia sinceramente impressionada por meu monólogo repleto de ódio. – Sem dúvida, a flor que você está procurando é o cardo, que simboliza a misantropia. Misantropia significa ódio pela humanidade ou falta de confiança nela.”

Nessa primeira parte do livro, Victoria já emancipada, descreve sua infância, as passagens em diversos abrigos, as tentativas sem sucesso de adoção e a vida com Elizabeth, sua única esperança em poder ter um lar, uma mãe. Com Elizabeth, Victoria aprendeu o significado das flores e descobriu seu amor por elas. Mas Victoria aprontou novamente, passou fome e chegou a morar na praça publica até conhecer Renata, dona da floricultura Bloom.  Victoria passa então a fazer bicos com Renata e consegue alugar um quartinho para dormir. Acordavam cedo para ir ao mercado de flores para fazerem os arranjos encomendados, e foi aí que encontrou Grant, alguém do seu passado.


Um coração inexperiente

Trabalhando com Renata e indo sempre ao mercado de flores, Victoria se envolve com Grant e descobre que ele é o sobrinho de Elizabeth. Os dois começam a questionar sobre os diversos significados existentes sobre as flores e começam a pesquisar e a definir o melhor significado para cada uma delas. Victoria ainda possuía muita mágoa em seu coração e temia que Grant descobrisse o que fizera no passado. Agora grávida, com medo e começando a ter amor por Grant, Victoria decide ir embora sem dar explicações.


Musgo

“O musgo é o símbolo do amor materno, porque, como esse amor, ele alegra nosso coração quando o inverno da adversidade nos atinge e nossos amigos de verão nos abandonam.” – Henriqueta Dumont, The Floral Offering

Grant obviamente ficou desesperado e procurou por Victoria por todos os cantos da cidade sem muito sucesso, e ele não sabia da gravidez. Victoria sabia se esconder. Nove meses se passaram e chegou o momento do nascimento de seu bebê. Mamãe Ruby, mãe de Renata era uma parteira e iria ajuda-la. Victoria deu a luz a uma menina saudável e ficou totalmente encantada com sua filha. Não acreditava de como ela, uma pessoa cheia de defeitos pudera ter trazido ao mundo um ser humano tão perfeito quanto sua filha.

“Segurando nos braços milha filha recém-nascida, senti como se tudo no mundo que até então estivera fora do meu alcance agora fosse possível.”

Essa sensação permaneceu com Victoria exatamente por uma semana, quando começou a negligenciar sua filha e decidiu que talvez fosse melhor, deixa-la com Grant...


Recomeços

Victoria havia aberto um negócio, a Mensagem, e estava crescendo a cada dia. Mesmo com sua vida começando a dar certo, não conseguia tirar da cabeça as pessoas que amava, Elizabeth, Grant e sua filha. Decidiu então ir ao encontro delas, ela não tinha mais nada a perder. O reencontro não poderia ter sido melhor, eles conversaram, resolveram as pendências do passado, o perdão e a reconciliação deram espaço para o amor. Agora era o momento de recomeçar...


É simplesmente maravilhosa a história de Victoria, vale muito a pena ler. Esse livro nos mostra a importância do perdão e que qualquer pessoa pode se transformar em algo belo. Recomendo a leitura! =)

Para terminar, deixo aqui pra vocês uma pequena amostra do dicionário de flores de Victoria, somente com os significados que desejo a vocês!

Álamo-negro – Coragem
Allium – Prosperidade
Azedinha – Amor de pai e mãe
Bouvárdia – Entusiasmo
Buganvile – Paixão
Cravo-de-amor – Amor eterno
Crisântemo – Verdade
Dália – Dignidade
Equinácea – Força e saúde
Margarida – Inocência
Musgo – Amor materno
Narciso – Autoestima
Ninfeia – Pureza de coração
Orégano – Alegria
Pilriteiro – Esperança
Rosa mosqueta – Simplicidade
Samambaia – Sinceridade
Trigo – Prosperidade
Visco – Eu supero todos os obstáculos

Que a vida de vocês sejam sempre florida! Abraços e até a próxima.



Curiosidade: Linguagem das flores, algumas vezes chamada de floriografia, foi um meio de comunicação da era vitoriana na qual o envio de flores e arranjos florais eram usados para enviar mensagens codificadas, permitindo que indivíduos expressassem sentimentos que de outra forma não poderiam ser ditos.

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