Resenha: Cinquenta Tons de Cinza, E. L. James

 

 

 

 

 

Ficha Técnica:

 

Título: Cinquenta Tons de Cinza
Autor: E. L. James
Editora: Intrínseca
Ano de lançamento: 2011
Gênero: Lit. Estrangeira /Romance Adulto

Páginas: 455
Preço médio: R$ 29,99

 

 

 

 

Hoje vou falar sobre um dos livros mais comentados do ano passado, responsável por debates calorosos (ou não) em grupos literários e em encontros de família aos domingos (fica a dica de assunto para ter com aquela tia que fica perguntando sobre os (as) namoradinhos (as)). Aquele livro que virou moda ser criticado por aí. Já sabe de que livro estou falando? Acertou quem pensou em Cinquenta Tons de Cinza.

Antes de mais nada, se você está imaginando que eu vou simplesmente falar mal do livro, procure outros blogs/vlogs (beijos Felipe Neto), pois serei o mais racional possível ao analisar a história.

Confesso que quando o livro se tornou famoso e lido por 8 em cada 10 pessoas que eu conheço, não senti a menor vontade de ler. E pior: criticava a história (e quem gostava dela) sem ter o menor embasamento. Tudo mudou semana passada, quando ganhei a trilogia de presente de aniversário e como não consigo deixar nenhum livrinho não lido na minha estante, resolvi que era hora de deixar meu preconceito de lado e conhecer o universo de poder, riqueza e sensualidade de Christian Grey.

Para o caso (pouco provável) de você não saber nada sobre o livro:

“Quando a estudante de literatura Anastasia Steele entrevista o jovem bilionário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que o deseja e que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Christian admite que também a deseja – mas em seus termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família – ele é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Ao embarcar num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter em segredo.’’

Minhas considerações:

• A Anastasia é uma das protagonistas MAIS CHATAS de toda a literatura. Sem exagero! Em diversos momentos em que está pensando no Christian, ela acaba se inferiorizando, dando a entender que ela não possui atrativos suficientes para conquistar um homem tão perfeito quanto ele. Entendo o pensamento dela, que não havia se sentido atraída dessa forma tão intensa por nenhum homem antes, mas isso acontece em muitos momentos da história e acaba se tornando repetitivo.

• As descrições de lugares também são repetitivas. Por exemplo: logo no início do livro, a autora usa as mesmas palavras para descrever o edifício da Grey Enterprises Holdings Inc inúmeras vezes.

• Por se tratar de uma fanfic de Crepúsculo, Anastasia é MUITO parecida com a Bella e algumas situações ao longo da história lembram muito a relação dos protagonistas criada por Stephenie Meyer. As semelhanças são muitas, só lendo para saber! Se for parar para pensar, se você gostou de Bella e Edward existe grandes chances de você também gostar de Christian e Anastasia.

• O mistério em torno da personalidade do Christian é um dos pontos fortes da história.

• As partes picantes (ou sensuais) são envolventes. Confesso que para mim a leitura fluiu bem mais rápida a partir da segunda metade do livro justamente por este motivo.

• Ao abordar o universo sadomasoquista, fica bem evidente a pesquisa feita pela autora para tornar a história o mais realista possível. Um exemplo é o contrato elaborado pelo Christian.

• Muita gente discute a questão da submissão da Ana, que foge da questão sexual e eu sou obrigada a concordar. Gente, as cláusulas do contrato são absurdas. Tudo bem que o relacionamento dos dois é pouco convencional, mas eu achei um exagero.

• Quanto à edição e revisão do texto, não há nada para reclamar. Se tinha algum erro de digitação acabou passando despercebido e a capa é linda!

 

Aí você me pergunta: ‘’gostou ou não’’? Posso dizer que sim e sabem por que? Porque apesar de não ser meu gênero favorito de leitura, acabei me interessando pelo enredo e querendo saber como a história ia terminar. O livro tem alguns pontos negativos sim (como a maioria das histórias), mas recomendo para quem quer ler algo light, sem tanta carga emocional ou termos difíceis. Como disse anteriormente: chega um ponto da história que a leitura flui que é uma beleza! Enfim, recomendo o livro para quem gosta de um romance levemente apimentado e para quem estava julgando o livro sem ter lido (como eu). Não está no meu top 10 de melhores livros lidos, mas está longe de ser o pior livro do mundo. Ainda vou ler toda a trilogia, prometo.

A resenha da semana vem será sobre um livro muito comentado por aí, meu queridinho (e na minha opinião, o melhor do John Green). Sabe de que livro estou falando?

Até domingo!