Resenha: O lar da Srta Peregrine para crianças peculiares, de Ransom Riggs, por Michelle Pereira









Ficha Técnica:
Título: O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares
Autor: Ransom Riggs
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento: 2016

Gênero: Fantasia/Infantojuvenil
Páginas: 352
Preço Médio: R$27,90



Hey pessoal! Como vão?

Estou planejando nas próximas semanas fazer uma sequência de resenhas de uma trilogia que acabei de ler. Pouco famosa, não sei se vocês conhecem hahahaha

O primeiro livro da série, O lar da senhorita Peregrine para crianças peculiares se tornou um dos queridinhos dos leitores nos últimos meses e é lógico que o livro merece seu cantinho aqui, né?

Quem ainda não se apaixonou pelos peculiares, vem conhecer mais!

Jacob é um garoto de classe média alta, boa família, sem amigos, a não ser um garoto de cabelo verde, e futuro herdeiro de uma rede de farmácias nos Estados Unidos. Ele cresceu ouvindo histórias fantásticas sobre crianças peculiares de seu avô, porém, agora, Jacob só pensava em como era idiota por acreditar em todas aquelas mentiras do avô louco por tanto tempo.

Contudo, a morte do vovô Abe parece querer tornar todo aquele mundo peculiar real. Isso porque Jacob viu um animal, um monstro horripilante matar o pobre velho. E ninguém acreditou nele, é claro. E, ainda, foi obrigado pelos pais a passar por tratamento psicológico com o dr. Golan. Afinal, aquele monstro era fruto de sua imaginação, do trauma pela morte do avô, não era?

Ainda que quisesse que nada fosse real, no fundo Jacob ainda se questionava.

Seu avô havia lhe deixado bom mistério a ser resolvido. E foi por isso que, juntando pistas, Jacob convenceu os pais a ir para uma pequena ilha no país de Gales. O pai, um ornitólogo frustrado aproveitaria para tirar fotos de aves e Jacob poderia explorar o local onde o avô já havia pisado.





Cairholm era um vilarejo esquecido pelo mundo, ou ao menos parecia isso, já que era meio parado no tempo, com energia que funcionava a base de diesel (e que, por acaso, deixava um constante fedor no ar). Em suas explorações pela ilha, Jacob não achou que encontraria nada de interessante. Tudo parecia muito comum, muito mundano. Nada de especial poderia sair de um lugar como aquele, fedido e constantemente com mal tempo, certo?

Porém, ele encontrou algo interessante.

A fenda temporal, uma espécie de portal do tempo, estava escondida em um lugar ermo e ao atravessá-la, Jacob pode descobrir que seu avô nunca mentira: as crianças peculiares existiam.

Ali, escondidas na fenda da Srta Peregrine, uma ymbryne (mulheres que se transformam em pássaros e controlam o tempo) nos idos de 1940, durante a grande guerra, as crianças estavam conservadas, eternamente jovens, e do jeitinho que o avô havia descrito.

No entanto, um grande mal as assolava: monstros, chamados de Etéreos, e Acólitos, Peculiares renegados, estavam raptando as ymbrynes por todo o mundo e em diversas fendas temporais. Encantado por esse mundo extraordinário (do qual Jacob poderia muito bem pertencer e não mais abandonar), Jacob escolher entre ficar e ajudar a proteger as crianças ou voltar a seu mundo e conviver com sua consciência. Nenhuma das duas escolhas seria simples.




O lar da Srta Peregrine para crianças peculiares é um livro, digamos assim, peculiar. O universo criado por Riggs é incrível, muito palpável e bem que poderia ser real. A história é profunda, cheia de camadas, de sentimento e de pontas a explorar. De repente, me vi imersa naquele mundo encantador e não queria sair de jeito nenhum! Virei cada página com avidez. Sem dúvida, uma leitura muito prazerosa e interessante!

Algo bem interessante é que, ao longo do livro, há várias fotos antigas (Riggs é um aficionado por fotografias antigas e as coleciona. Ele utilizou-se delas para escrever as histórias das crianças peculiares) representando as crianças e passagens da história. Todas, ao seu modo, são estranhas, contudo, combinam perfeitamente com o universo criado.

Minhas edições são capa dura, sem impressão de imagem, há apenas o nome da Srta Peregrine na frente e os dados da lombada. A arte fica por conta da luva, que mostra uma fotografia de uma menina flutuando (a personagem Olive). Achei interessante a Intrínseca investir no livro dessa maneira, sobretudo em um mercado dominado por capas flexíveis. A coleção das crianças peculiares é daquelas de por na estante pra todos admirarem hahaha

A diagramação, embora simples, tem alguns detalhes em marrom que não gostei. O mesmo vale para as aberturas de capítulo, que possuem uma página estampada na mesma cor e achei que não casa com a capa. Em suma, me desagradou mesmo.

Sobre a revisão, está excelente e não lembro de ter encontrado nada gritante.

Hugs!

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