Resenha: Absolutos - Sinfonia da Destruição, de Rodolfo Salles, por Michelle Pereira










Ficha Técnica:
Título: Absolutos - Sinfonia da Destruição
Autor: Rodolfo Salles
Editora: Independente
Ano de Lançamento: 2018

Gênero: Ficção científica/Ópera espacial
Páginas: 447
Preço Médio: R$5,99 (e-book)

Exemplar digital cedido pelo autor


Oi, oi gente! Como vocês estão?

O dia de hoje está reservado para falar de uma das óperas espaciais mais fodásticas que já li na vida. E melhor: é de autor brasileiro! Chega mais, puxe uma cadeira e pegue sua limonada (tá calor, né, gente?) para conhecer Absolutos – Sinfonia da Destruição, do Rodolfo Salles.

Ainda com três anos de idade, Érico é despachado para fora do planeta Prama pela irmã, Daina, em uma nave espacial. O planeta em que ambos viviam está sendo destruído pela guerra e a única chance de o garoto sobreviver é ser mandado para outro lugar. Com pesar, Daina o faz, ficando para trás para comandar o exército de Galatáris contra os invasores.

"Quando alguém morre, completa seu Destino, mutável de acordo com as escolhas que cada um faz."


Anos depois, reencontramos o jovem Érico com seus dezessete anos, trabalhando como manobrista em Miesac, um planeta habitado por nobas – uma espécie alienígena deveras estranha –, tentando a vida como hacker e planejando ser um caçador de relíquias. 

Ele vive com seus irmãos adotivos, Vexel, uma atleta e Miro, uma espécie de youtuber sideral hahaha. 

Um mistério permeia a vida do trio:  O corpo de Érico é marcado por tatuagens que ele desconhece a origem, o que o deixa empenhado a descobrir o que elas significavam. Uma pena que conhece-las só lhe traz desgosto...

Aqueles desenhos o marcam como um dos Absolutos, seres que significavam apenas uma coisa em todo o universo: destruição. O último deles, junto ao caos que causou, ainda não havia sido esquecido: Avankhar. E Érico é o próximo a carregar esse fardo imundo. 

Contudo, nosso protagonista não quer aquilo e lutará até as últimas consequências para mudar seu destino e se livrar da sina de ser um Absoluto. 

"Não nos resta fazer mais nada, a não ser viver plenamente. Por eles, que se sacrificaram por nós."


No caminho, ele receberá seu primeiro título dentro da Irmandade Hacker, obtendo algumas concessões que o ajudarão muito em seu percurso; conhecerá Darwin, uma tarina – raça que cria portais de um lugar para outro – metida a bandida; Camilo, um humano e melhor piloto da galáxia; Alopex, uma ánima, mistura de duas espécies e armada até os dentes com pistolas, lasers e afins; Papiros, um/uma lestáris mega fã do Érico e do caos que ele pode gerar, além de alguns outros. E claro, nada mal criar uma corja de caçadores de recompensas com essa galerinha, né?

Absolutos foi uma das surpresas mais incríveis da vida! Pela capa já julguei que seria um livro excelente, mas fiquei ainda mais satisfeita depois de começar a leitura. São muitas aventuras e histórias acontecendo em paralelo. Embora haja muitos personagens, cada um tem o destaque necessário e não tornam a história confusa, pelo contrário, só vem a acrescentar – e vamos combinar, nem todo autor consegue fazer isso com a maestria com que Rodolfo o fez. Administrar muitos personagens é uma tarefa árdua. E vale ressaltar, cada um tem uma personalidade distinta e que nos faz gostar, criar empatia e amor por eles. Em especial, fiquei apaixonada pela Darwin – inclusive, estou chamando as pessoas de bonitinho até hoje hahahaha – e pelo Papiros, de longe, o personagem mais engraçado da história.




Érico, nosso protagonista, é cheio de uma vivacidade e de um otimismo ímpares. No entanto, ainda falta tomar muito tapa na cara pra amadurecer e se tornar um verdadeiro herói. E eu morro de dó com o que pode acontecer, tadinho. Ele é muito inocente hahahahaha Queria botar ele debaixo do braço e proteger, mas ele vai precisar se virar sozinho.

Sobretudo, depois daquele final. Que final para o primeiro livro dessa trilogia! Rodolfo me deixou surpresa e chocada. Mal posso esperar pelo próximo volume. 

"Otimismo é para os desinformados."


Acho que não preciso falar mais nada, certo? Já subiu pra lista de melhores leituras do ano e da vida <3

Sobre a capa, como já disse, é uma lindeza de parar quarteirão! Achei a ilustração muito boa e representa bem o Érico e a história, além da tipografia, que tem uma presença bem marcante. Como li a versão digital, não posso opinar sobre a diagramação. E, por fim, a revisão está super! Achei uma coisinha ou outra apenas, que passou batido.

Hugs.

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