Ficha Técnica:
Título: Coisas frágeis
Autor: Neil Gaiman
Editora: Conrad
Ano de lançamento: 2010
Gênero: Contos / Fantasia
Páginas: 205, 166
Preço médio: R$49,00 (Cada)
Título: Coisas frágeis
Autor: Neil Gaiman
Editora: Conrad
Ano de lançamento: 2010
Gênero: Contos / Fantasia
Páginas: 205, 166
Preço médio: R$49,00 (Cada)
Olá queridos
leitores!
Hoje iremos
nos envolver nas coisas frágeis de Neil Gaiman.
Neil Gaiman
é um mestre em contar histórias. Seus livros nos envolvem e surpreende do
início ao fim. Além de ser roteirista de quadrinhos, ele já escreveu vários
livros como, Coraline, Deuses Americanos, Sandman, Sinal e ruído, O livro do
cemitério, entre muitos outros de sucesso (ver especial Neil Gaiman).
Publicado em
dois volumes aqui no Brasil pela editora Conrad, Coisas frágeis é composto por
uma série de contos e poemas. É nessa obra que Neil Gaiman se revela em um
verdadeiro mestre na arte de contar histórias, sendo assim, um dos maiores
escritores da atualidade.
"ACHO... QUE PREFIRO ME LEMBRAR DE UMA
VIDA DESPERDIÇADA COM coisas frágeis, a uma vida gasta evitando a dívida moral."
O primeiro
volume de Coisas frágeis é composto por nove contos que abordam os mais
diversos temas, misturando puberdade, punk rock e ficção científica, e, também
combinando Sherlock Holmes de sir Arthur Conan Doyle com o terror de H. P.
Lovecraft. O que achei interessante, é que esses contos conseguem unir o mundo
da fantasia com a nossa realidade, por isso, nos envolve e impressiona tanto.
Confesso que tinha certo preconceito com esse tipo de história, achava
fantasioso demais, mas nada como sair da sua zona de conforto.
Não irei
comentar sobre todos os contos para não ficar extensa a resenha e também para
deixá-los curiosos para ler. Entre os contos que mais gostei no volume um,
estão: O Pássaro-do-Sol e o Monarca do Vale. Vou comentar com vocês sobre o
conto O Pássaro-do-Sol.
O
Pássaro-do-Sol foi um conto escrito para dar de presente à filha mais velha de
Neil Gaiman, Holly. Fala sobre
um clube Epicuriano1 e de uma turma divertida e barulhenta. Eram
cinco: Augustus DuasPenas McCoy (O dono do clube), o professor Mandalay, Virginia
Boote (a crítica de restaurantes), Jackie Newhouse e Zebediah T. Crawcrustle. De
maneira geral, eles buscavam o prazer e bem-estar. O prazer evidenciado no
conto era o gastronômico. Eles experimentavam de tudo. Polvos, abutres,
toupeiras, morcegos frugívoros, panda, lemingues e tigres da Tasmânia (gostos bem
exóticos esses não?!).
- O abutre tinha gosto de faisão podre. A
toupeira tinha gosto de caramujo da carniça. O morcego frugívoro, surpreendentemente, lembrava porquinho-da-índia doce.
Em seus
encontros, eles conversavam sobre os prazeres descobertos e sobre os prazeres que
gostariam de experimentar. Um dos prazeres que despertou a curiosidade dos
membros do clube era o de poder experimentar o Pássaro-de-Sol da Cidade do Sol,
revelado por Zebediah T. Crawcrustle e que nenhum dos membros havia ouvido
falar.
- Suponham que quiséssemos comer o
Pássaro-do-Sol da Cidade do Sol.
Por onde deveríamos começar a procurá-lo?
Por onde deveríamos começar a procurá-lo?
Movidos pela
curiosidade de degustar o Pássaro-do-Sol, os membros do clube epicuriano
iniciaram uma expedição rumo à Cidade do Sol.
“O Pássaro-do-Sol bateu suas grandes asas,
depois começou a planar em círculos cada vez mais baixos sobre o café de
Mustafá Stroheim.
O pássaro pousou no abacateiro. Suas penas
eram douradas, púrpuras e prateadas. Ele era menor que um peru, maior que um
frango, e tinha as pernas compridas e a cabeça alta de uma garça, embora sua
cabeça lembrasse mais a de uma águia”
Ao encontrar
o famoso Pássaro-do-Sol, todos ficaram em êxtase de tanta admiração. O pássaro
era realmente muito bonito. Zebediah T. Crwcrustle pegou o pássaro na armadilha
que fizera e começou a prepará-lo para a refeição.
“O cheiro de ave assada preencheu o ar, mais
encorpado do que pavão, mais apetitoso do que pato. Os epicurianos ficaram com
a boca cheia de água.”
“- Zebby, é inacreditável! – comentou Virginia
Boote, falando enquanto comia, - Derrete na boca. Tem gosto de paraíso.”
“É perfeito! – opinou Jackie Newhouse. – Tem
gosto de amor, de boa música.
Tem gosto de verdade.”
Tem gosto de verdade.”
Todos
ficaram satisfeitos com a refeição e encantados com o Pássaro-do-Sol que também
era conhecido como a Fênix de Heliópolis. O pássaro que morre no fogo e nas
cinzas, e renasce, geração após geração.
É
maravilhoso esse conto! Gostei muito! =)
O segundo
volume é composto por vinte e dois contos, mas não gostei muito deles. Achei meio
fraquinha as histórias, talvez seja porque as histórias viajaram demais na maionese
e eu não as assimilei. Só gostei mesmo do poema A Dança das Fadas.
De um modo
geral, as histórias são bem variadas, revelando o incrível talento de Neil
Gaiman.
Vale a pena conferir!
Abraços e até a próxima!
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