Resenha: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis


                                      







Ficha Técnica:
Título: Memórias Póstumas de Brás Cubas
Autor:Machado de Assis
Editora: L&PM Pocket
Ano de lançamento: 2011
Gênero: Clássico Nacional / Romance
Páginas: 252
Preço Médio: R$14,00

“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas…’’

É com essa frase que Machado de Assis inicia sua obra e, ao mesmo tempo, inaugura o realismo na literatura brasileira. Foi o primeiro clássico que li por obrigação (para prestar vestibular da UFPR) e amei! Gente, é simplesmente maravilhoso! Diferente de tudo que eu já havia lido até então.

A história começa,  digamos, "do fim para o início", onde primeiramente Brás relata sua morte, até o início de sua infância. Passando por suas desilusões amorosas, primeiro com a cortesã Marcella, até o caso extraconjugal de Virgília. Sua descrença com a linda jovem moça, Eugênia, pelo simples motivo da mesma ser coxa. Como ele mesmo descreve, linda e coxa, coxa e linda.

"Como linda se coxa, como coxa se linda..."

Brás nunca trabalhou e nada criou ao longo da vida. Uma vez morto, ele decide repassar a própria existência.

O livro, ironiza pela vida de Cubas, a própria sociedade de época, mesquinha e machista. Narrando as derrotas de Brás, seus altos e baixos, na maior parte, ou se bem dizer, seus baixos, já que poucos foram os curtos momentos de altos.

A narrativa é um encanto à parte: apesar de haver muitos termos considerados complexos, a forma como Machado de Assis desenvolveu a personalidade de Brás Cubas faz com que o leitor se envolva mais e mais na história e queira entender o que o levou a praticar os atos que o levaram ao desfecho já conhecido.

Brás Cubas seria então, um defunto-autor ou um autor-defunto?

Apesar de muita gente venerar Dom Casmurro, eu considero Mémorias Póstumas a melhor obra escrita por Machado de Assis. É genial!

Na época em que prestei vestibular, encontrei o filme protagonizado pelo Reginaldo Faria, que é bem fiel à obra. Recomendo ambos!

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