Ficha Técnica:
Título: Bom dia, Verônica
Autora: Andrea Killmore
Editora: DarkSide
Ano de Lançamento: 2016
Gênero: Policial
Páginas: 256
Preço Médio: R$31,90
Título: Bom dia, Verônica
Autora: Andrea Killmore
Editora: DarkSide
Ano de Lançamento: 2016
Gênero: Policial
Páginas: 256
Preço Médio: R$31,90
Hey people! Dei uma sumidinha, mas foi por uma boa causa:
estou trabalhando em mais um projeto bacana na revista em que atuo e meu tempo
está beeeem corrido. Porém, estou aqui para apresentar uma leitura poderosa a
vocês: Bom dia, Verônica, da autora
nacional Andrea Killmore. Vem conhecer!
Verônica é policial civil e secretária do delegado Carvana. Seu
cargo é meio que uma forma de esconder um pouco de lixo debaixo do tapete, já que
seu pai era um policial corrupto e foi pego em uma grande operação, culminando
na morte de sua mãe e com ele, que tentou tirar a própria vida, catatônico.
Sempre que chegava ao escritório, respondia distraída aos vários
"bom dia, Verônica" que lhe eram direcionados. Naquela manhã promissora,
no entanto, tudo iria mudar.
“Impressionante como a gente é o que o passado faz da gente.”
Uma mulher com a boca dilacerada havia saído da sala de Carvana
aos prantos. Havia denunciado o namorado virtual que a tinha extorquido, mas sem
receber apoio do delegado e desesperada para parar a dor, suicidou-se, pulando de
uma das janelas da delegacia. Verônica até tentou alcançá-la, mas não houve tempo.
Ela só pode ouvir a declaração: "agora sim ele vai poder me amar".
Sentindo-se mal pelo descaso com que a mulher, Marta, fora tratada,
Verônica decidiu investigar por conta própria o caso, sem nenhuma autorização de
Carvana, nem de ninguém. E bom... ela era só uma secretária...
Em paralelo, conhecemos Janete. Mulher do lar, nascida no
interior, criada para satisfazer e se submeter ao marido. Quando ela vê
Verônica na TV, falando sobre uma mulher que havia se suicidado, sente
confiança para denunciar algo que o marido faz. Mas, tão paranoica e tão
acostumada a sua zona de conforto, Janete precisará escolher de qual lado quer
ficar.
Ao mesmo tempo em que junta os pontinhos para ajudar Marta, Verônica
vê outro caso surgir à sua frente e, dessa vez, muito mais macabro: um assassino
que matava mulheres.
Eu poderia escrever muito mais sobre Bom dia, Verônica, contudo, escolho terminar a resenha por aqui, pois
não quero entregar nada comprometedor sobre este a história, que olha! Sem
palavras! Uma das melhores leituras de suspense da minha listinha!
Verônica é aquela mulher que acha que vai dar conta de tudo:
do trabalho, dos filhos, da casa, do marido... e também, de solucionar dois casos
gravíssimos relativos à violência contra mulheres. Mulheres, estas, que Verônica
sabe: precisam/precisaram de muita coragem para buscar apoio da polícia, mas que
acabaram frustradas com o descaso com que foram tratadas. Mas, não é tão fácil
assim gerenciar tantas tarefas em sua vida...
"As mentiras... bem, as mentiras só serviam para manter tudo no seu devido lugar."
Ainda assim, seu senso de justiça a impulsiona a ajudar aquelas
mulheres, porém, ela pode estar se colocando em um perigo ainda maior, que poderá
custar sua vida.
O projeto gráfico do livro é uma belezura né? A capa tem
verniz soft touch, se não me engano,
que confere aquele toque aveludado que a gente ama S2; tem verniz localizado
pra esfregar o dedo até cansar; na parte interna, tem ilustrações super
conceito e a diagramação padrão da DarkSide, bem clean! Mais que aprovado pela
designer aqui =P Sobre a revisão, não me lembro de ter encontrado nada de
errado.
Só a título de curiosidade, a identidade da autora de Bom dia, Verônica é um mistério. Andrea
Killmore não é seu nome verdadeiro. A ex-policial ganhou notoriedade ao fazer parte
de um grande caso aqui no Brasil e que deixou vestígios nem um pouco agradáveis
em sua alma. Ela escreve para exorcizar seus demônios.
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