Resenha: Bom dia, Verônica, de Andrea Killmore, por Michelle Pereira











Ficha Técnica:
Título: Bom dia, Verônica
Autora: Andrea Killmore
Editora: DarkSide
Ano de Lançamento: 2016

Gênero: Policial
Páginas: 256
Preço Médio: R$31,90


Hey people! Dei uma sumidinha, mas foi por uma boa causa: estou trabalhando em mais um projeto bacana na revista em que atuo e meu tempo está beeeem corrido. Porém, estou aqui para apresentar uma leitura poderosa a vocês: Bom dia, Verônica, da autora nacional Andrea Killmore. Vem conhecer!

Verônica é policial civil e secretária do delegado Carvana. Seu cargo é meio que uma forma de esconder um pouco de lixo debaixo do tapete, já que seu pai era um policial corrupto e foi pego em uma grande operação, culminando na morte de sua mãe e com ele, que tentou tirar a própria vida, catatônico.

Sempre que chegava ao escritório, respondia distraída aos vários "bom dia, Verônica" que lhe eram direcionados. Naquela manhã promissora, no entanto, tudo iria mudar.

“Impressionante como a gente é o que o passado faz da gente.” 

Uma mulher com a boca dilacerada havia saído da sala de Carvana aos prantos. Havia denunciado o namorado virtual que a tinha extorquido, mas sem receber apoio do delegado e desesperada para parar a dor, suicidou-se, pulando de uma das janelas da delegacia. Verônica até tentou alcançá-la, mas não houve tempo. Ela só pode ouvir a declaração: "agora sim ele vai poder me amar".

Sentindo-se mal pelo descaso com que a mulher, Marta, fora tratada, Verônica decidiu investigar por conta própria o caso, sem nenhuma autorização de Carvana, nem de ninguém. E bom... ela era só uma secretária...




Em paralelo, conhecemos Janete. Mulher do lar, nascida no interior, criada para satisfazer e se submeter ao marido. Quando ela vê Verônica na TV, falando sobre uma mulher que havia se suicidado, sente confiança para denunciar algo que o marido faz. Mas, tão paranoica e tão acostumada a sua zona de conforto, Janete precisará escolher de qual lado quer ficar.

Ao mesmo tempo em que junta os pontinhos para ajudar Marta, Verônica vê outro caso surgir à sua frente e, dessa vez, muito mais macabro: um assassino que matava mulheres.

Eu poderia escrever muito mais sobre Bom dia, Verônica, contudo, escolho terminar a resenha por aqui, pois não quero entregar nada comprometedor sobre este a história, que olha! Sem palavras! Uma das melhores leituras de suspense da minha listinha!

Verônica é aquela mulher que acha que vai dar conta de tudo: do trabalho, dos filhos, da casa, do marido... e também, de solucionar dois casos gravíssimos relativos à violência contra mulheres. Mulheres, estas, que Verônica sabe: precisam/precisaram de muita coragem para buscar apoio da polícia, mas que acabaram frustradas com o descaso com que foram tratadas. Mas, não é tão fácil assim gerenciar tantas tarefas em sua vida...

"As mentiras... bem, as mentiras só serviam para manter tudo no seu devido lugar."

Ainda assim, seu senso de justiça a impulsiona a ajudar aquelas mulheres, porém, ela pode estar se colocando em um perigo ainda maior, que poderá custar sua vida.

O projeto gráfico do livro é uma belezura né? A capa tem verniz soft touch, se não me engano, que confere aquele toque aveludado que a gente ama S2; tem verniz localizado pra esfregar o dedo até cansar; na parte interna, tem ilustrações super conceito e a diagramação padrão da DarkSide, bem clean! Mais que aprovado pela designer aqui =P Sobre a revisão, não me lembro de ter encontrado nada de errado.

Só a título de curiosidade, a identidade da autora de Bom dia, Verônica é um mistério. Andrea Killmore não é seu nome verdadeiro. A ex-policial ganhou notoriedade ao fazer parte de um grande caso aqui no Brasil e que deixou vestígios nem um pouco agradáveis em sua alma. Ela escreve para exorcizar seus demônios.

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