Eu e esse meu coração, de C. C. Hunter, por Michelle Pereira









Ficha Técnica:
Título: Eu e esse meu coração
Autora: C. C. Hunter
Editora: Jangada
Ano de Lançamento: 2018

Gênero: Romance
Páginas: 424
Preço Médio: R$44,90 

Exemplar físico cedido pela editora.


Ei, gente! Como vocês estão? 

Dei uma mini-sumidinha aqui do blog pois andei trabalhando por dois lá na revista, além de estar no último mês do meu pós-técnico. Ufa! Estou cansadinha!

Mas isso não me impediu de devorar um livro em um final de semana e vou falar pra vocês: QUE LIVRO É ESSE!? 

E nem é porque é uma publicação do nosso parceiro Grupo Editorial Pensamento, pelo Selo Jangada. É porque Eu e esse meu coração é um livro poderoso mesmo! De verdade, verdadeira!

Vem cá conhecer ele:

Leah McKenzie está com os dias contados. É, isso aí. Ela vai morrer, sabe muito bem disso e está tudo muito bem, obrigada. Isso porque ela contraiu um vírus que matou seu coração. Para continuar sobrevivendo, ela usa um coração artificial, mas ele não é bem aquela Brastemp e Leah já teve muitos problemas por causa dele. Ela poderia receber um transplante? Poderia. No entanto, seu tipo sanguíneo é raro e a probabilidade disso acontecer é quase nula.





Meio que sem esperanças e sem vaidade nenhuma, Leah já nem faz questão de pentear os cabelos e sapatos, never more, o negócio dela são pantufas de personagens da Disney.

Recebendo aulas em casa, Leah é surpreendida quando sua professora de matemática falta e seu substituto é ninguém, ninguém menos do que o garoto por quem ela é apaixonada desde a sétima série. Bom, pelo menos ela acha que é ele, já que Matt tem um irmão gêmeo chamado Eric.

Ao fim da aula, Leah dá seu número ao garoto e pede um beijo. Aliás, aquele é o melhor beijo de sua vida, só que ela não sabe quem foi que beijou. E agora?


"- Ah, eu... pensei que fosse me beijar. (...) 
- Quer que eu beije você?
Eu sorrio.
- Se você é Matt, quero que você me beije desde o sétimo ano.
Seu olhar desde para a minha boca e permanece ali.
- Seu coração é forte o suficiente?
Eu começo a rir.
- E você beija tão bem assim?"


Quando Eric leva um tiro na cabeça, Matt sente. Ele acorda no meio da noite e sabe que algo aconteceu.

Sim, Eric está morto. Eles haviam acabado de perder o pai, a mãe ainda estava em luto e agora o irmão gêmeo também. É muito para uma pessoa só.

E pior, a polícia acredita que Eric se suicidou com um tiro na cabeça. Só que Matt sabia, de alguma maneira, que aquilo não é verdade.





No hospital, eles são informados de que o cérebro de Eric não funciona mais, no entanto, os órgãos podem ser doados. A mãe nega imediatamente, mas Matt sabe que o irmão desejava ser doar e acabam por autorizar.

Leah recebe uma notícia incrível! Há um coração disponível para ela em sua cidade, do mesmo tipo sanguíneo e tudo o mais.

Ela e seus pais correm para o hospital. Seu peito será aberto mais uma vez, no entanto, essa pode ser a última. Ela vai sobreviver!


"Percebi que, se aprendi alguma coisa do fato de quase ter morrido, é que a vida é curta demais para desperdiçar sequer um segundo com arrependimentos."

O problema é que o coração que Leah recebe é de Eric Kenner. E ela nem sabe se foi ele ou o irmão que beijou.

E ela se culpa! Muito! Como ela pode se beneficiar da morte de outra pessoa? Como ela pode viver e quanto ele está morto? E mais, Matt a culparia?

Uma coisa é certa: ela e Eric tem uma conexão agora, assim como Matt e o irmão tinham. Os dois sonham o mesmo sonho, um em que Eric está correndo sozinho pelo parque e leva um tiro. Aquele tiro não parece ter sido dado por ele mesmo, mas por outra pessoa. Mas quem?

Matt e Leah acabam se aproximando por conta disso e eles irão até o fim da linha para descobrir quem matou Eric, mesmo que todos acreditem que ele tirou a própria vida.

"Mas você acha que, se alguém me dissesse que eu iria perder meu pai, eu teria dito que não queria que ele fizesse parte da minha vida? Você acha que eu teria dito que não queria um irmão gêmeo? Conhecer Eric? Amá-lo? Eu quero fazer parte da sua vida, Leah."

Eu e esse meu coração é lindo. C. C. Hunter soube me conquistar ao trazer uma personagem como Leah, que sabe que vai morrer, mas que ainda assim não se faz de vítima. Muito pelo contrário, ela vive o que pode de maneira intensa, desde sua meta de ler 100 livros antes de morrer, até decidir beijar um dos irmãos Kenner na sala de sua casa. E Matt? Como poderia haver alguém que tenha mais fé na família do que ele? Quando ninguém acreditava na verdade, ele acreditou e correu atrás para provar que seu irmão jamais faria algo tão horrível quanto aquilo.

Eu e esse meu coração não seria tão especial se não tivesse romance não é? E é clichê sim, mas eu não ligo. Leah e Matt já se gostavam antes, mas a ligação que eles criam ao investigarem a morte de Eric é linda.

É preciso acreditar, é preciso amar.





Uma das coisas que aprendi com eles é que não dá pra manter algumas ideias ou pensamentos com você. Se você não externar, a outra pessoa não poderá adivinhar que você gosta dela, que a admira...

A história contata por C. C. Hunter lembra algo como A culpa é das estrelas, que foi tão icônico, no entanto, tem seu próprio brilho e valor. E trás uma mensagem tão legal sobre a doação de órgãos, sobre a importância e também sobre a luta que mantar um órgão transplantado dentro de você.

Sem dúvida uma leitura especial e cheia de lições.

A capa é essa coisa linda e maravilhosa, que eu amei! Na época, antes da publicação, a editora fez uma votação para escolhê-la e participei, divulgando também lá na fanpage. A diagramação é bem limpa, algo que gosto bastante sempre. Sobre a revisão, está show de bola. Acho que só vi duas coisas incorretas ao longo da leitura. Ah, não posso deixar de falar com o marcador em forma de coração que veio de brinde: meu Deus, eu amei! Vou guardar com todo o carinho para não amassar haha

Espero que tenham gostado.

Hugs

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