Resenha: A garota do orfanato sombrio, de Temple Mathews, por Michelle Pereira










Ficha Técnica:
Título: A garota do orfanato sombrio
Autor: Temple Mathews
Editora: Jangada
Ano de Lançamento: 2019

Gênero: Infanto-juvenil/Ficção
Páginas: 304
Preço Médio: R$ 42,90

Livro físico cedido pela editora.

Hello pessoas, como vocês estão?

Os livrinhos que compraram na Black Friday já estão chegando em casa? O primeiro que adquiri já chegou por aqui e estou apaixonada! <3 Expectativa do próximo pacote ser entregue logo!

Enquanto isso não acontece, vamos falar de livro bom? Hoje vou apresentar para vocês A garota do orfanato sombrio, do Temple Mathews, publicado pela Editora Jangada, selo do Grupo Editorial Pensamento. Essa história realmente me surpreendeu, já que em um dia li metade do livro, parte na viagem de ônibus até a casa dos meus pais, parte deitada no sofá deles relaxando, hahaha!

O ar sombrio sob tudo que está acontecendo é fator chave para isso, claro. Já que o autor vai dando pequenas migalhas ao longo das páginas, algo que só aumenta o mistério e a expectativa.




Pois bem, Echo Stone acorda no meio da noite em um lugar estranho  (a princípio, achei que fosse um caixão, mas, na verdade, ela estava em um quarto que não era o seu). Suas memórias se foram e sua única certeza é de que amava os pais e o namorado, Andy.

Presa onde quer que fosse, Echo encontra outros adolescentes por aquela casa - bastante cruéis, aliás -, e um tanto quanto excêntricos, digamos assim. É por meio deles que ela descobre estar na Casa do Meio, o lugar para onde os jovens mortos eram enviados para entender sua nova condição e descobrir o que os havia matado, para então, seguir em frente.

Só que a Echo tem certeza de que o que aconteceu é um erro. Ela está viva, seus pais estão vivos e ela só precisa escapar daquele lugar terrível e voltar à sua vida normal. Contudo, ninguém parece acreditar em suas ideias. Insistindo em retornar à sua casa, Echo consegue ajuda do único que foi gentil com ela, Cole, o garoto gatíssimo que fazia seu mundo balançar.

Quando foge, deixando-o para trás a observá-la, ela nem imaginaria que voltaria tão brevemente para a Casa do Meio. Isso porque o que Echo encontra em seu antigo lar é a cena de um crime violento: o seu próprio assassinato. Impossível, é claro. Ela não está morta.

"Não importa o que aconteça, lembre-se de que eu te amo com todo o meu coração."

Alívio a inunda quando vê o carro de seus pais estacionar na rua e corre para revê-los. Só que eles não a viram, nem a escutaram. Esquisito. Quando vão embora, Echo corre, pega um atalho para encontrá-los em outra rua, para no meio da pista e faz sinal para que parem, mas o carro ganha mais e mais velocidade e... a atravessa!

Sim. Ela está realmente morta. É apenas um fantasma que ninguém pode ver. Nem mesmo Andy, que visitou em seguida. Como ela poderia viver sem o amor de sua vida, seu querido Andy? Como poderia deixá-lo para trás?

Mais importante: por que ela havia sido assassinada?  O que teria feito para merecer esse destino? Echo não conseguia se lembrar.

É por esse motivo que ela torna à Casa do Meio, o único lugar onde poderia encontrar alguma pista, alguma explicação. E, bem, ela descobre que a única maneira de descansar é encontrando seu assassino e fazendo justiça. Porém, como fazer isso, se ela não podia recordar de nada? Se as memórias simplesmente não voltavam?




A garota do orfanato sombrio me pegou desprevenida. Quando vi, estava louca virando as páginas querendo montar o quebra-cabeças da morte de Echo junto com ela e com seus novos amigos da Casa do Meio, ao mesmo tempo em que torcia para ela superar o Andy e abrir os olhos pro cara fantasma incrível que o Cole era. Um leque de pequenas peças foi se abrindo ao longo do texto, cheio de suspeitos (e tenho orgulho de ter desconfiado do cara certo hahaha) e de surpresinhas sobre a própria Echo. Ao que parecia, ela não era lá uma boa garota como ela mesma pensava. Pra dizer a verdade, cada lembrança que recuperava e cada coisa que ouvia, mostrava bem o contrário: ela estava cheia de coisas podres debaixo do tapete. Esse, inclusive, foi um dos pontos-chave para a história me pegar: a protagonista não se mostrar, de pronto, como a personagem boazinha injustiçada. Gosto mais de personagens que tem um passado e que se mostram humanos e cheio de falhas como nós.

"... amar alguém significa que você se importa mais com essa pessoa do que consigo mesmo."

Mas nem só de podres viveu Echo Stone, tá? Ao longo do livro vemos ela amadurecer e evoluir e isso é show! Ver como um personagem cresce no decorrer de uma trama também me atrai muito.

Embora eu não tenha gostado tanto assim da execução da história pelo autor (acho que faltou um pouco mais de maturação e de ideias mais fortes para construir bem a narrativa), a trama me capturou e me fez ler esse livro rapidamente, pois me deixou muito curiosa com cada pista que era deixada para o leitor. Logo, se você gosta de histórias misteriosas e que atiçam a curiosidade, esse livro é pra você!

Outro ponto que preciso mencionar é que os direitos cinematográficos da obra foram comprados pela produtora da Iggy Azalea, logo: vem filme por ai, meu povo!




A capa de A garota do orfanato sombrio é bem legal, mas gostei mesmo foi da diagramação, que possuí um coração se desfazendo em tinta, além de ser bem limpa, como eu gosto. A revisão está excelente, passando apenas uma coisinha ou outra, que não interfere em nada na leitura.

Espero que tenham gostado!

Hugs :)

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