Resenha: Aos trancos e relâmpagos, de Vilma Arêas, por Michelle Pereira









Ficha Técnica:
Título: Aos trancos e relâmpagos
Autora: Vilma Arêas
Editora: Iluminuras
Ano de Lançamento: 2013

Gênero: Infantojuvenil
Páginas: 123
Preço Médio: R$ 41,00



Oi, oi, gente! Como vocês estão?

Ansiosos pelo Carnaval? Para mim, vai ser uma ótima oportunidade para por as leituras em dia e descansar um pouco, já que folia não é comigo haha!

No post de hoje quero falar um pouco desse livro que marcou minha infância: Aos trancos e relâmpagos. Para vocês terem ideia do quanto antiga essa história é, a primeira publicação data da década de 80. Pasmem!

Eu não sou tão antiga assim, claro, mas li na década de 90, ali com uns 9 anos de idade hahaha

O mais legal disso tudo, é que esse livro nunca saiu da minha cabeça. Nunca esqueci a Verônica, sua floreira na janela (eu sempre quis ter uma, mas não deu :( ) e todas as confusões em que ela se meteu, sendo tão geniosa.

Ficou curioso? Chega mais!

Verônica sempre foi osso duro de roer. Do alto dos seus 13 anos de idade, achava que era dona do mundo e a sabedoria encarnada, mas não era nada disso. Mas que adolescente não acha que é sempre tem razão?

O trecho de sua vida que pegamos parece ser um dos mais difíceis: Verônica sempre foi apegada com o tio, Teo, só que, tornando-se uma mocinha, já não pode mais ficar agarrada a ele, já não pode mais continuar com as mesmas brincadeiras de quando era uma nanica. Pior ainda é ver que ele está interessado pela chata da Candinha.

Verônica nunca gostou dela. Achava-a insuportável. E, lógico, sempre que tinha oportunidade, alfinetava. E pra que? Para tomar um esporro da mãe, é claro. Porque, cá entre nós, os planos da Verônica estavam fadados ao fracasso, desde o início.

"Original é uma palavra igualzinha à palavra irônico.Quando uma pessoa não sabe o que um autor quis dizer, diz que é irônico."

Para além disso, ela andava encucada com os poemas do seu irmão mais novo, Chico, cheios de camadas a serem interpretadas; e, ainda mais, com os do Grande, o vizinho, que insistia em escrever e pedir a opinião dela. E a Verônica, não podia sair por baixo, não! Não podia sair como burra, por isso, do alto do seu orgulho, falava que odiava tudo.

Minha humilde opinião? O Grande estava era bem apaixonado por ela, hahaha

Com coisas demais para lidar, a Verônica tinha dois refúgios, o primeiro: a rachadura em sua parede, que ela fingia ser um relâmpago milenar, que ela poderia descarregar na cabeça de qualquer um a qualquer momento. Veja só, ele tinha até nome: Relampsético VIII. Seu segundo refúgio ficava embaixo de sua cama, onde a cor do carpete estampado com rosas ainda não havia desbotado e onde encontrava Berta, sua querida amiga, cuidando de suas flores. Porém, a cada visita, Berta parecia mais distante...

"A lua cheiaveste uma camisa de arà alvorada ao crepúsculoOs lobos cantam seu grave coralazul é o sol invisívelna fechadura peludado seu olhar"

Aos trancos e relâmpagos é uma pequena aventura sobre crescer. Ter de deixar a infância para trás pode não ser fácil e é errando que vamos construindo nosso caminho, assim como a Verônica vinha fazendo e aprendendo.

Acho que esse livro me marcou quando era criança justamento por isso: por mostrar como era crescer. Nem sempre justo, nem sempre feliz, mas necessário.

Li, dessa vez, uma edição bem recente, de 2003. A capa está bem diferente daquela que tenho na minha memória que era amarela e com uma ilustração da Verônica, mas acho que casa mais com os novos públicos que pode alcançar. A diagramação é bem simples. Quando a revisão, está ótima.

Espero que tenham gostado. 

Hugs.

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